Can Dialectics Break Bricks?

quarta-feira, 21 de março de 2007

[d03] - Karl Marx [paris-londres-berlim] + [1818-1883]

documentarista: Marcus Vinícius
conceito: fetiuches [prefiro fantasmas]

texto: O casaco de marx
autor: Peter Stallybrass


Where Marx was born, in Trier May 5 1818

Marx: October 1843 to January 1845, 30 rue Vanneau, Paris

Marx: May 1845 to May 1846, 5-7 Rue d'Alliance, Brussels

Marx: December 1850 to September 1856, 28 Dean Street, Soho, London

Marx: March 1875 till his death in 1883. 41 Maitland Park Road, London

O casaco de Marx Enquanto em sua jornada pelo conhecimento, Karl Marx recorrentemente se via às voltas com complicações econômicas. Como forma de driblá-las, penhorava seu casaco. Mas nessa época, para se freqüentar uma biblioteca era exigido que se trajasse um casaco. Então, houve momentos em que Marx teve que abdicar de seu direito de ir á biblioteca por longos períodos, pois seu casaco encontrava-se sob as mãos do penhor. Inclusive isso aconteceu justamente durante o duro inverno londrino em que estudava na biblioteca do Museu Britânico para a redação de sua obra máxima, "O Capital". O mais engraçado é que é na obra "O Capital" que Marx opera uma inversão ousada de conceitos, e rediscute a questão da mercadoria e do fetiche.

Forma Mercadoria = objeto qualquer que é convertido em mercadoria;
A economia depende da mercadoria;
O valor de uso é diminuído pelo valor de troca. Aí é que entra a contradição do capitalismo. A sociedade que mais se alimenta deste valor de uso é a sociedade que mais se abstrai;
O casaco para Marx é sempre essa abstração (o seu valor de troca);
Ou se tem uma mercadoria, ou se tem uma "coisa" (“... A mochila que a minha vó me deixou em seu leito de morte...");

· Como este valor abstrato pode se transformar no seu valor de uso;
· A forma mercadoria não tem a ver com a sua forma física. O que importa é a sua conversibilidade em cifras;
· Como coisa, o fetiche acaba por tomar conta da vida do portador.

E a casa do sítio? Onde fica?
· O consumidor pode ser um grande incorporador e ainda sim não ser um alienado que compra mercadorias pelo seu valor abstrato e sim pelo seu valor sensível. Pela coisa. Como no caso do colecionador que conhece as cicatrizes de suas mercadorias.
· A roupa como mecanismo de poder. Essa roupa é uma tentativa de colocar no presente parte do passado que é uma farsa.
· O estado começa a se desmantelar à lógica do lucro. Vias começam a ser alargadas, construções de belas casas no Centro e especulação imobiliária.

Stallybrass demonstra a importância do casaco de Karl Marx, em suas idas e vindas à loja de penhores, num momento crucial de sua vida de intelectual que mudaria a história da humanidade. Justamente durante o duro inverno londrino em que estudava na biblioteca do Museu Britânico para a redação de sua obra máxima, O capital. Operando uma inversão ousada de conceitos, o autor rediscute a questão da mercadoria e do fetiche, termos centrais na filosofia marxista, a partir de relação sofrida do filósofo e economista com seu casaco, reflexos de suas crises financeiras. Stallybrass faz uma surpreendente reflexão sobre o valor de uso e o valor afetivo, demonstrando que os objetos que amamos e que transformamos em extensão de nossa sensibilidade assumem valores que muitas vezes transcendem a mera relação de mercado.


"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido."
(Charles Chaplin, em discurso proferido no final do filme O grande ditador.)


Links
http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapital-v1/index.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx
http://www.comunismo.com.br
http://www.culturabrasil.org/marx.htm
http://www.geocities.com/Vienna/2809/Marx.html (tem Imagine, de John Lennon como fundo musical – uma graça!)

Biografias
Friedrich Engels (1820-1895), filho de um rico industrial de Barmen (Alemanha), é o principal colaborador de Karl Marx na elaboração das teorias do materialismo histórico. Na juventude, fica impressionado com a miséria em que vivem os trabalhadores das fábricas de sua família. Quando estudante, adere a idéias de esquerda, o que o leva a aproximar-se de Marx. Assume por alguns anos a direção de uma das fábricas do pai em Manchester e suas observações nesse período formam a base de uma de suas obras principais, A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra, publicada em 1845. Muitos de seus trabalhos posteriores são produzidos em colaboração com Marx, o mais famoso deles sendo o
Manifesto Comunista (1848). Escreve sozinho, porém, algumas das obras mais importantes para o desenvolvimento do Marxismo, como Ludwig Feuerbach e o fim da filosofia alemã , A evolução do socialismo, de utopia a ciência e A origem da família, da propriedade privada e do Estado .

quinta-feira, 1 de março de 2007

[d02] - Karl Marx [paris-londres-berlim] + [1818-1883]

documentarista: Eunério Júnior
conceito: $$$ [cifras]
texto: o espaço infiel: quando o giro da economia capitalista impõe-se a cidade
autora: Alícia Duarte Penna [Possui graduação em curso de Arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais(1986) e Mestrado em Geografia (palavra-chave:espaço urbano,dinâmica urbana,produção do espaço urbano) pela Universidade Federal de Minas Gerais(1997).Atualmente é professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC). Setores de atividade: Desenvolvimento Urbano, Planejamento e Gestão das cidades,inclusive política e planejamento habitacional].

Paris (1830-1878)
-Passagem do modo de Produção Feudal para o modo de produção industrial
-Paris que não existe mais.
-A indústria não é só um fato tecnológico mas sinônimo de crescimento.
-A cidade passa a ser o lugar da oportunidade.
-Domínio da indústria sobre a organização do espaço na cidade.
-O Estado passa a ser o maior proprietário de terra.
-Muita gente, não cabe nas casas, aglomeram na rua.
-Acontece o adensamento de população.
-Para abrir vias era necessário destruir casas, quem tinha condições ficava na cidade,quem não tinha condição ia para o subúrbio.
- A arquitetura só tem valor quando é usada.
-A cidade começa a ser vista como valor de uso.

notas sobre a produção de teorias urbanas quaisquer

sobre fazer teoria .Como se conhece .O que é especular ou hipóteses .Como racionalizar .Sobre teoria e prática ou a importância da consideração do fenômeno teórico como histórico presentificável .Quem formula uma teoria sobre o Urbano .Potências [in]disciplinares .Virtualidade e Transdução .Dialética e Gradações: necessidades da realidade .vida cotidiana .Urbanismo .Sobre valores .Festa .[bio]Potência [...]quaisquer?

sobre [panf]letagens [2sem2009]

usar a palavra-chave dada a partir dos seguintes textos como ponto de partida para produção de um construto
01. Kitchen Stories [direção: Bent Hammer] + ABALOS, I. O que é Paisagem = paisagens íntimas
02. KOOLHAAS, R. Cidade Genérica + KOOLHAAS, Rem. Vida na Metrópole ou a Cultura da Congestão = fantasias genéricas / congestão genérica
03. TSCHUMI, B. O Prazer da Arquitetura IN: NESBIT, K. Uma Nova Agenda para a Arquitetura = funcional / inutilidade
04. VIDLER, A. Teoria do Estranhamento Familiar IN: NESBIT, K. Uma Nova Agenda para a Arquitetura = roberto / dessimbolização
05. MAAS, W. FARMAX = leveza
06. NEGRI, A, HARDT, M. Multidão = maria de fátima
07. FLUSSER, V. Design: Obstáculo para a remoção de Obstáculos IN: _______. O Mundo Codificado = reciclagem / sofá
08. GANZ, Louise. Lotes Vagos na Cidade: Proposições para Uso Livre IN: ____ SILVA, B. Lotes Vagos = beleza
09. CRIMP, Douglas. Isto não é um Museu IN: _________. Sobre as Ruínas do Museu = coleção de museu / admiração imparcial
10. WEIZMAN, Eyal. Desruição Inteligente IN: v.v.a.a. 27a Bienal de Arte de São Paulo. Como Viver Junto = infestação / desparedamento
11. Koolhaas Houselife = funcionalidade
12. CORTEZAO, Simone. Paisagens Engarrafadas = paisagismo marcado
13. BRANDAO, Luis Alberto. Mapa Volátil. Imaginário Espacial: Paul Auster IN: _______. Grafias de Identidade. Literatura Contemporânea e Imaginário Nacional = andarilho
14. CANUTO, Frederico. Notas Sobre Ecologias Espaciais = ecossistemas
15. SANTANA, P. A Mercadoria Verde: A natureza = fotografias verdes
16. Central da Periferia = calypso amazônico / brega
17. BECKER, B. Amazônia: mudanças Estruturais e Urbanização IN: GONCALVES, M.F. et al. Regiões e Cidades. Cidades nas Regiões = fotografias verdes
19. Edifício Master. Direção: Eduardo Coutinho + CANUTO, Frederico. Apto[s], 01qrt, 1sl, 1coz, s/vg. =
20. WISNIK, Guilherme. Estado Crítico =

[d] - 1sem2009 = [doc]01 - 1osem2007 = [doc]

Documentário: Documentar os conteúdos ministrados durante a aula do dia, sendo obrigatório entregar no dia posterior, um arquivo digital contendo:
-fotografias/imagens do que foi escrito nas carteiras ou no quadro negro, bem como as discussões em sala de aula;
-outras imagens podem ser colocadas, porém devem ser relacionadas ao conteúdo da aula;
-um texto como o resumo da aula, podendo ou não conter colocações do aluno-autor;
-biografia dos autores citados em sala de aula [pesquisar no curriculo lattes, wikipedia e outros sites]. Na biografia dos autores citados deve, necessariamente, conter os trabalhos mais relevantes, bem como vínculo a escolas de pensamento;
-indicações de sites relacionados aos assuntos trabalhados em sala [mínimo de 05 links];
-notícias relacionadas ao assunto discutido em sala [mínimo de 05 notícias];

[a]02 - 1osem2007

Apresentações Grupo A: Apresentação para a sala de aula dos seguintes temas:[SURREALISMO]+[DADAISMO]+[FLUXUS], segundo os seguintes critérios mínimos: -exposição do pensamento do grupo e diversas correntes internas, através de seus conceitos; -exposição das diversas modalidades: pintura, escultura, arquitetura...; -período e países onde atou; -principais nomes e respectivos trabalhos; -articulação obra-conceitos-ambiente urbano. Grupo B: Apresentação para a sala dos seguintes temas: [KOOLHAAS01 – Delirous New York+SMLXL]+ [KOOLHAAS02 – Mutations+Project on the City 01+02]+ [KOOLHAAS03 – Content +Reconsidering OMA], segundo os seguintes critérios mínimos: -conceitos; -eviolução de pensamento; -textos e questões trabalhadas; -cronologia dos trabalhos; -articulação obra-conceitos-ambiente urbano.

[ps]03 - 1osem2007 = [ps]

Paisagens Superabundantes: Texto a ser entregue contendo imagens e textos, a partir dos conceitos operativos definidos diariamente na disciplina Teoria Urbana.