Can Dialectics Break Bricks?

domingo, 24 de junho de 2007

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Segue abaixo a sinopse de três livros citados em sala indicados por Frederico Canuto
A COMUNIDADE QUE VEM de Giorgio Agamben
Após a experiência devastadora que esvaziou, à escala planetária, instituições, crenças, ideologias, identidades e comunidades, o pensamento - sobretudo o pensamento político - está pela primeira vez confrontado, sem ilusão alguma, com o dever de penetrar no coração do tempo e da história e estabelecer as categorias políticas que estejam à altura do presentes. Para dar expressão à matéria política com que estamos confrontados, Giorgio Agamben propõe neste livro que se articule o lugar, os modos e o sentido da experiência do presente numa forma de comunidade que subsuma uma ética e uma política à altura do nosso tempo: a comunidade que vem.
MULTIDÃO de Michael Hardt e Antonio Negri
“Pela primeira vez, emerge hoje a possibilidade da democracia a uma escala global. Este livro trata dessa possibilidade, daquilo a que chamamos o projecto da multidão. O projecto da multidão não só exprime o desejo de um mundo de igualdade e de liberdade, não só reclama uma sociedade democrática global aberta e inclusiva, mas fornece também os meios da sua realização. Tal é a conclusão do nosso livro, que no entanto não poderá tomá-la por ponto de partida.”(Do prefácio dos autores)
IMPÉRIO de Michael Hardt e Antonio Negri
É bem possível que o imperialismo tal como o conhecemos não tenha de facto sobrevivido, mas o Império, em contrapartida, está vivo e bem de saúde. Constitui mesmo, assim o demonstram Michael Hardt e Antonio Negri nesta sua tão discutida obra, a nova ordem política da globalização. É fácil notar as transformações económicas, culturais e jurídicas, que hoje em dia ocorrem um pouco por todo o lado. Mais difícil porém é compreendê-las. Os autores deste livro mantêm que elas devem ser interpretadas em função da compreensão histórica que podemos ter do Império, enquanto ordem universal que não aceita fronteiras nem limites. E mostram-nos como este Império emergente difere no fundamental do imperialismo de raiz europeia ou da expansão capitalista de antanho. Sendo que hoje se baseia, em boa parte, em alguns elementos do constitucionalismo norte-americano, com a sua tradição das identidades híbridas e de uma fronteira em permanente expansão. Hardt e Negri afirmam ter ocorrido uma mudança radical em certos conceitos que formam a base filosófica da política moderna, como os de soberania, nação e povo. E articulam essa transformação filosófica com as mudanças de natureza cultural e económica da sociedade pós-moderna – com as novas modalidades do racismo, as novas concepções da identidade e da diferença, os novos sistemas de comunicação e controlo, as novas vias da emigração. Mais do que uma simples análise, Império é uma obra-prima de filosofia política e assume-se como uma verdadeira utopia. De certo modo, é um novo manifesto comunista. Procurando ver para além dos regimes de exploração e vigilância que caracterizam a nova ordem internacional, tenta encontrar um paradigma político alternativo, que sirva de base a uma sociedade global verdadeiramente democrática.


O TEXTO
[CANCLINI, Nestor Garcia. Consumidores e Cidadãos. Conflitos Multiculturas da Globalização. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999. p.271-290].
A tensão entre modernidade e as críticas aos processos de como vem se dando a globalização e consumo definem por onde tem passado a cultura contemporânea. O pensamento e o comportamento social vêm mudando pela forma de como as indústrias de cultura moldam ou desprezam o multiculturalismo. O consumo, considerado por Canclini o carro-chefe dessas transformações culturais, é que vai definir como o homem se integra e se diferencia numa sociedade que tende a se reorganizar socialmente a partir de novas identidades culturais criadas. Canclini critica que decisões políticas e econômicas tomadas em função do consumo imediato na era da globalização desprezam principalmente a memória de uma nação e a condição de aquisição de bens globalizados por parte de países menos favorecidos financeiramente.
Homogeneização de culturas defini a globalização, pois trata-se de diversas culturas das mais variadas nações e setores que são disseminadas em outras, porém esse processo tem-se dado normalmente dos mais favorecidos para os mais pobres, sua identidade cultural tem sido modificada através da necessidade cultural dos grupos e países superiores. Mas mesmo em meio a toda essa pressão, existe uma sociedade civil, manifestações e apropriações espontâneas que ainda marcam a vida de diversos grupos e movimentos. Porém, apesar de todo esforço, o que vale é “a lei do mais forte”, que empurra garganta abaixo suas referências culturais, ocasionando a irreversível perda de certos valores da já existente identidade local. Assim, incertezas e imprecisões são geradas por esse estreitamento voraz entre cidadania e práticas de consumo.
O autor ainda critica a homogeneização cultural que é estimulada pela comunicação de massa indo contra o ideal de manipulação absoluta dos teóricos da Escola de Frankfurt. Ele ainda reconhece que há “contágio” cultural tanto da cultura popular na cultura de massa quanto o contrário, o que modifica sua identidade cultural aproximando-as de uma homogeneização. Determinismos e preconceitos no que tende à polarização entre cultura hegemônica e subalterna nos faz compreender tal fenômeno cultural. Para Canclini, o multiculturalismo global está centrado na forma como as práticas culturais e de cidadania se apresentam, ou seja, como instâncias imprescindíveis e determinantes da realidade social.
Canclini, mais do que alertar sobre os perigos de uma globalização efervescente, nos embasa de informações a fim de nos deixar outras leituras sobre esse fenômeno. Tudo isso por ele ter reconhecido a existência de uma cultura viva, dinâmica e repleta de sincretismo e ter percebido os valores de consumo que se incorporaram à cultura e à vida social.
Portanto, às vezes, nós meros consumidores, somos movidos a costumes e prazeres, atributos que nos tornam capazes de convertermo-nos em cidadãos, e que propicia reconsiderar a cidadania remodelando-a de um ato abstrato para um contexto prático de democracia e justiça.

ANOTAÇÕES
Fred: “Antropólogo das entidades coletivas”.
Fred: “Consumo e antropologia”.
Marron: “O mais importante é o que se acessa”.
Marron: “Sociedade vigiada” _ Empresas colhem informações sobre quem contratar vasculhando na internet.
Fred: “Mercado Imobiliário = cultura burocrática”
Fred: “Bienal Como Viver Junto deveria aproximar as pessoas, mas não possuiu uma narrativa de projeto que expressasse como viver junto a partir da própria organização da bienal”.
Fred: “Multiculturalismo é muitas culturas, mas não quer dizer que serão compartilhadas”.
Fred: “Consumidor e cidadão => palavras quase paradoxais, mas que tendem a viver junto”.
Empresas já se organizam internacionalmente, mas sociedade civil ainda não seguiu esse caminho?!?
Fred: “A internet propicia ao indivíduo, em casa, no quartinho, no computador, de se organizar em uma nova sociedade capaz de reivindicar seus direitos”.
Fred: “Por que Koolhaas trabalha com design de informação?”
História do PUNK no Brasil
Fred: Como as pessoas participam hoje das coisas? Experiência coletiva individualizada
*Historinha do Marron [filme: Uma Mente Brilhante]: Tinha três homens e quatro mulheres numa festa. Uma mulher loira linda e três morenas feias. Os três homens tentaram chegar junto na loira e deixaram as morenas de lado (que foram embora em seguida), porém pela desordem ao chegarem à loira ela deu um pé-na-bunda de cada um e ninguém pegou ninguém nessa festa. Teoria dos Jogos: Se cada homem tivesse ficado com uma morena feia apenas pra curtir a festa deixando a loira de lado, depois ainda teriam oportunidade de trombar com ela na rua e ainda dar em cima dela.
Fred: “Em show de rock, pensa-se no show. Enquanto em passeatas, alguns não sabem o que fazem ali. Não existe nem um elemento que prenda sua atenção ali”.
Fred: “Como a experiência coletiva torna-se festa”?
Fred: “Espaço arquitetônico pode propiciar o coletivo”.
Fred_Orquestra Sinfônica_Parque Municipal_Cadeiras sendo aproximadas do palco.
Fred: “Tribo é excludente por natureza, diferente de BLOG”.

BIOGRAFIA
Néstor García Canclini (1939)
Néstor García Canclini é argentino, antropólogo e estudou também letras. Doutorou-se em 1975 pela Universidad Nacional de La Plata e, tres anos depois, pela Universidade de París. Foi docente da Universidad de La Plata (1966-1975) e na Universidad de Buenos Aires (1974-1975). Desde 1990, é professor e pesquisador investigador da Universidad Nacional Autónoma de México, Unidade Iztapalapa, onde dirige o Programa de Estudios sobre Cultura. Foi professor das universidades de Stanford, Austin, Barcelona, Buenos Aires e da USP. Já publicou cerca de 20 livros sobre estudos culturais, globalização e imaginação urbana e seu livro Culturas Híbridas (1995) foi escolhido para receber o primeiro premio do concurso Íbero Americano por ser considerado o melhor livro sobre a América Latina. No Brasil, encontramos as seguintes obras traduzidas, entre outras: Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da Modernidade, 2ª ed. Martins Fontes, São Paulo, 1998; Consumidores e cidadãos. Conflitos multiculturais da globalizacao, Ed. UFRJ, 4. ed., Rio de Janeiro, 1999; Culturas da Ibero-américa. Editora Moderna,2003; Consumidores e cidadãos, UFRJ Editora, 2005.

SITES RELACIONADOS AOS ASSUNTOS TRABALHADOS EM SALA
http://www.mcdonalds.com.br/home/
http://www.cocacola.com.br/pt-br/index.jsp
http://www.microsoft.com/brasil/
http://www.nike.com/index.jhtml#l=nikehome&re=LA&co=LA&la=PT
http://www.hollywood.com/

SITES CONTENDO NOTÍCIAS RELACIONADOS AOS ASSUNTOS DISCUTIDOS EM SALA
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1510200519.htm
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2002200526.htm
http://jn.sapo.pt/2006/02/02/opiniao/multiculturalismo.html
http://blog.liberal-social.org/o-multiculturalismo-e-a-derrota-da-modernidade
http://opiniaoenoticia.com.br/interna.php?mat=6677
http://www.patiopaulista.sp.gov.br/vernoticia.do?noticia=415
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernob/2004/04/21/jorcab20040421003.html
http://www.midiativa.tv/index.php/midiativa/content/view/full/799
http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=105629
http://www.cultura.gov.br/programas_e_acoes/cultura_viva/noticias/na_midia/index.php?p=11348&more=1&c=1&pb=1

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A formação de Koolhaas se insere em uma época de plena cidadania, em que ela é exercida pelos meios de consumo e de comunicação, e não mais através de órgãos públicos e meios burocráticos. Em tempos, assim como na época das barricadas, em que o espaço arquitetônico se torna um suporte para as ações e o meio de vida das pessoas, principalmente os jovens. (Definição de urbanismo falado em sala: urbanismo não é uma ciência de como melhorar o meio, mas sim uma forma de vida.).

Mutations: o reflexo gerado pelo crescimento das cidades.
Uma fase em que Koolhaas dedica sua carreira em levantamento e pesquisas sobre os efeitos da modernização em grandes centros urbanos de diversas regiões do mundo. É nessa época que ele define os conceitos da cultura da congestão e da cidade genérica, relacionados à grande explosão demográfica nas metrópoles e características do crescimento da mesma: a forma como o passado não interfere de modo algum no desenvolvimento, mas sim o consumo e o capitalismo. A cidade genérica é uma forma de apropriação social, em que o espaço arquitetônico começa a “sumir” e o que importa é o meio de vida.

Multiculturalismo (um ciclo vicioso): Ao mesmo tempo em que acontece uma homogeneização das culturas locais, as pessoas como indivíduo, buscam formas de diferenciação, mas essa diferenciação se perde num campo de visão de cidade.

Koolhaas, no livro Mutations, destaca o conceito de multiculturalismo e homogeneização ao publicar várias imagens de pessoas e famílias. Apesar de ser claro as diferenças entre elas, seja física ou cultural, Koolhaas faz perder essas diferenças e a última forma de afeição e individualidade das pessoas(o rosto) através da repetitividade de imagens. É interessante também nessas imagens, que além das pessoas, o plano de fundo: edifícios e paisagens se tornam muito semelhantes pela repetitividade apesar de ser em locais totalmente distintos.

A idéia de consumo se torna tão forte na arquitetura que alguns edifícios são construídos sem fundação, afim de torna-los quase como um produto não-durável.

[Faça você mesmo] A análise de Koolhaas da modernização na China mostra como os edifícios do país começavam já bastante valorizados, simplesmente por ter a aparência dos projetos de Le Corbusier. Uma cidade oriental com “cara” de cidade ocidental globalizada.

[Fetiches] “Já não basta ter a Coca-Cola, você tem que parecer com ela”. Com o crescimento descontrolado do consumo, as pessoas além de consumirem produtos, elas começam a inseri-los em seu modo de vida, tornar as marcas parte de suas personalidades.

[Loja de penhora] A sensibilidade do indivíduo hoje não acontece mais pelo artesanato ou pela história de uso do objeto, mas sim pelas parcas dos produtos. Por isso o shopping pode ser considerado como uma loja de penhora, um espaço de experienciação da memória.

[Jogo de xadrez] Uma das principais questões para Koolhaas em uma cidade ou um projeto não é a forma, se é bonito ou feio; mas quais as peças que movem para atingir o objetivo.

É interessante a associação dos conceitos de Koolhaas, que ao projetar não se preocupa com o entorno local e regional e sim com uma questão internacional, com o trabalho de espaço para a comunidade do estúdio VI, que visava todas as comunidades como um todo e não como várias específicas.

OMA: Escritório de projetos fundado por Rem Koolhaas
AMO: Escritório de web design fundado por Koolhaas. Uma espécie de empresa publicitária.

Rem Koolhaas é um arquiteto tão consciente a respeito da situação do mundo capitalista e globalizado, que dá um passo adiante ao pensar arquitetura. Ele pensa na arquitetura como produto, rapidamente vendida.
Arquitetura como meio de consumo se torna tão forte que casas na tv se tornam modelo e símbolo de status. Pessoas começam a ser influenciadas e copiam esses modelos. Você cria um modelo de usuário da arquitetura pela TV.


Noticias:
Condominio-clube: [fetiche] "uma nova sensação" da arquitetura. Uma cidade-condomínio:
http://www.forumdaconstrucao.com.br/ver_noticia.php?Tipo=33&Cod=93
Cultura Nacional resumida ao mercado de consumo:
http://www.forumdaconstrucao.com.br/ver_noticia.php?Tipo=15&Cod=39
http://www.oasrs.org/conteudo/agenda/noticia0542005.asp
Coca-Cola: estilo de vida saudavel
http://www.cocacolabrasil.com.br/release_detalhe.asp?release=67&categoria=30

Sites relacionados:
http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=277677
Pepsi: um estilo de vida
http://www.portalcab.com/video/?play=pepsi-vs-coca-1
http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/brasmitte/portugues/kool_apre.htm
Conceitos de Cultura da congestão e Cidades Genéricas:
http://epiderme.blogspot.com/2003/10/da-congesto-disseminao-o-mais-elevado.html
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=1637
Busca pela identidade local:
http://www.portalappm.com.br/materia.php?id=7734&secao_id=68
fetiche de marcas como o Mcdonald´s:
http://www.scielo.br/pdf/psoc/v18n2/05.pdf

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Anotação aula do dia 31/05/07

Paralelepípedo_1848/1871 Tradução
$ Fruição
Fetiche Xadrez
Loja de penhora Caixa Verde
...Ismo Faça você mesmo
à 1887 à1968 à2007
Casaco de Marx Morte Marcel Duchamp Formatura
KoolhaasàSujeito
Metropolitano
Anos 60

Revolução sexual (Ação)
Poder de compra (Consumo)
Juventude (Ação)
Comunismo
Cadeia de Lojas (Consumo)
Zona Rural x Zona Urbana

UrbanoàCidade
Conflito Gerações (Ação)

Terceiro Mundo - Ásia
- Negros americanos
- Europa Operária


Movimentos de Periferia

Koolhaas: Mutations + Project on the City 01 + 02

Evolução de pensamento
Nessa fase de koolhaas, ele faz uma ampla investigação em torno dos efeitos da modernização mais recente sobre os grandes centros urbanos nas mais diversas regiões do mundo.
Juntamente com outros arquitetos e pensadores, especula cientificamente sobre a cidade e cataloga os fenômenos contemporâneos.

Começava a surgir o que Koolhaas viria a designar de Cidade Genérica, a expressão urbana da Congestão.
A Cidade Genérica representa o corte definitivo com as visões historicistas herdadas do pós-modernismo de Aldo Rossi. Nem sempre o passado se reflete no futuro. Nem sempre há uma doutrina. Porque a Cidade Genérica é um fenômeno total e as doutrinas, na cidade, só se aplicam fragmentadas. O genérico não representa tanto uma perda de identidade, mas a apropriação de uma nova identidade, de total indiferença, sem centro, sem periferia, sem entraves à expansão.
A Cidade Genérica expande-se e renova-se através da multiplicação exponencial do mesmo módulo estrutural simples, sem contemplações por nenhuma ordem, ocupando o vazio ou destruindo e substituindo o existente. Aquilo que não funciona é simplesmente eliminado e rapidamente esquecido. Na Cidade Genérica há sempre espaço para todos, a habitação nunca é um problema. A elevada densidade multiplica os habitantes por metro quadrado. O arranha-céu é a tipologia definitiva.
A Congestão é o valor fundamental. Mas não é uma intenção, é uma conseqüência inevitável. Como a Globalização não é um fenômeno concreto e concertado, mas um conjunto complexo e espontâneo de ações. Acima de tudo, importa reter que a Cidade Genérica é real.

Questões trabalhadas
Reflexão a partir da idéia de que a globalização e o urbanismo transformam o ambiente e as formas tradicionais da arquitetura. Rem Koolhaas é um dos mais radicais criadores de arquitetura para a era da globalização, concebida para grandes escalas. Koolhaas opera com as idéias de "cidade genérica" (manchas urbanas sem qualidades específicas) e de "bigness" (tamanho desproporcional das maiores cidades do mundo) como uma beleza particular das metrópoles. A cidade genérica é sem história, superficial, amorfa, incoerente e congestionada, refratária a todo esforço de planificação.
Os gigantescos projetos de Koolhaas contrariam, por sua própria enormidade, as concepções tradicionais de exterior e interior. Escapam à percepção formal. Escalas que implicam em incomensurabilidade. A arquitetura diante do que não tem limites, do imensamente grande. Essa é, para ele, a forma mais acabada de arquitetura. O tamanho do edifício passa a determinar o programa. Uma escala que desencoraja visões que pretendam abarcar tudo: essa massa não pode mais ser controlada por um único gesto arquitetural. O resultado são megaestruturas que questionam o status de construções específicas. Arquitetura convulsiva que se espalha infinitamente, incontrolável, não mais comprometida com a criação de ordem e coerência. A urbanização perversiva transformou a própria condição urbana.Se um novo urbanismo é possível, diz Koolhaas, não se tratará mais da disposição de objetos mais ou menos permanentes, mas da irrigação de territórios. Ele não buscará mais configurações estáveis, mas a criação de campos que acomodem processos que resistam a ser cristalizados em formas definitivas. Não a imposição de limites, mas a supressão de fronteiras. Não a identificação de elementos, mas a descoberta de híbridos. Não mais obcecado com a cidade, mas com a manipulação da infra-estrutura para infinitas intensificações e diversificações, curtos-circuitos e redistribuições _ a reinvenção do espaço urbano.

MUTATIONS
Rem Koolhass em seu livro Mutations, analisa os reflexos do acelerado processo de urbanização provocado pela globalização econômica e cultural com um significado quase ecológico. A primeira cidade a surgir com este princípio talvez tenha sido Roma, que por necessidades políticas, econômicas e estratégicas tinha que estar inserida em um contexto fluido e integrado.
No livro, a publicação de várias paginas com fotos de pessoas nos mostra uma homogeneidade pela heterogeneidade, (Comentário em sala de aula: Lembra muito a perda da identidade de fotos em que varias pessoas aparecem reunidas). O livro é organizado como um Atlas de pesquisa do urbanismo contemporâneo. Projetos como Uncertain States of Europe (Stefano Boeri e Multiplicity) e Lagos (Koolhaas e Harvard) são apresentados como indicadores de novas tendências.
“Estados Incertos da Europa” é um projeto coletivo de investigação que estuda as transformações territoriais que se produzem na Europa contemporânea. Concebido ao redor da questão da incerteza, o projeto USE aborda ao mesmo tempo mudanças contínuas na identidade
territorial, econômica e geopolítica da Europa, e a atual incapacidade e escassez de ferramentas para a observação e representação das dinâmicas que reconfiguram hoje em dia a geografia
política e econômica da Europa.
Lagos, é considerada simultaneamente o paradigma e o extremo patológico da cidade na África Ocidental, continua existindo e produzindo apesar de sua quase completa carência de infra-estruturas, sistemas, organizações e instalações que definem a palavra “cidade” segundo a metodologia do planejamento utilizado no Ocidente. Lagos, como ícone da urbanidade do Ocidente na África, inverte todas as características essenciais da chamada cidade moderna.
A paisagem urbana se desenvolve hoje de acordo com a lógica das eficiências de curto prazo: agilidade, substituição, escala. Cidades inteiramente entregues ao mercado. O movimento de recursos, o lucro, torna-se o objetivo central da urbanização. Os mecanismos e espaços de compras estão colonizando e moldando todos os aspectos e instituições da vida urbana contemporânea, criando espaços interiores continuamente articulados e indiferenciados. Por outro lado, surgem situações que garantem sua produtividade apesar de uma quase completa ausência das infra-estruturas e organizações que definem a urbanidade segundo as metodologias de planejamento convencionais. Elas ilustram a eficácia em larga escala de sistemas e agentes considerados marginais e informais. A relação entre mutação territorial e auto-organização, num panorama em que inovação e mudança derivam de processos não planejados ou regulados. Cidades na vanguarda da modernização globalizante.

PROJECT ON THE CITY 1
Em 1996-97, os graduandos de Harvard estudaram O Delta do Rio das Pérolas (PRD em inglês), um apanhado de cinco cidades com uma população de 20.000.000 que provavelmente alcançará 36.000.000 até 2020. O estabelecimento de zonas econômicas especiais no PRD - "laboratório de controle do crescimento do capitalismo" - acelerou uma experiência jamais vista em urbanização em grande escala surpreendente. Great Leap Forward contém ensaios que exploram, num contexto estatístico e teórico, os resultados desta rápida modernização, que produziram uma matéria urbana completamente nova.

PROJECT ON THE CITY 2
Harvard Design School´s Project on the City 2 é uma tese de graduação que examina os efeitos da modernização na condição urbana. A cada ano o "Project on the City" estuda uma região ou fenômeno específico, e desenvolve um alicerce e vocabulário conceituais para ambientes urbanos que não podem ser descritos nas categorias tradicionais de arquitetura, paisagem ou urbanismo. A fim de compreender novas formas de urbanização, o orientador da tese Rem Kookhaas e os alunos das áreas de arquitetura, paisagem e urbanismo documentam e analisam as áreas de estudo através da combinação do campo de pesquisa, análise estatística, desenvolvimentos históricos e anedotas. O resultado de cada projeto é um estudo intensivo e especializado dos efeitos de modernização na cidade contemporânea. Durante os anos de 1997 e 1998, os graduandos de Harvard concentraram seus estudos no fenômeno de compras como modo primário da vida urbana. Como um motor de urbanização generativo, o ato de comprar tornou-se um elemento determinante da cidade moderna, e em muitos casos, a razão para sua existência. A pesquisa para este projeto, centrado nos Estados Unidos, Europa e Ásia, enfoca tecnologias de varejo, estratégias de marketing, e a hibridação dos ambientes recreativos/culturais de varejo.


Koolhaas: Content + Reconsidering OMA


CONTENT
É um produto do momento. Inspirado pelos “sobe e desce” incessantes da globalização do século XXI. O Content é uma instabilidade, não é eterno, usa a volatilidade como uma licença de ser imediato, informal, sem corte: “abraça” a instabilidade como uma fonte de liberdade. É uma tentativa de ilustrar as relações ambíguas do arquiteto com as forças da globalização. O Content é uma continuação do SMLXL [um inventário de sete anos do trabalho do OMA]. Em muitas maneiras ele é tudo que seu antecessor não é: denso, barato, descartável. A sua lógica é neutralizada pela incorporação de vozes críticas externas, a sua trajetória se move sempre ao leste, começando em São Francisco e terminando em Tóquio.

OMA
Em 1975, Rem Koolhaas, Elia, Zoe Zenghelis e Madelon Vriesendorp fundam o Office for Metropolitan Architecture (OMA), uma sociedade internacional de arquitetura, com o objetivo de definição das relações, tanto teóricas como práticas, entre a arquitetura e a situação cultural contemporânea. O escritório emprega uma equipe de mais de 200 funcionários de mais de 30 nacionalidades. Arquitetos, cadistas, desenhistas, desenhistas industriais e gráficos.
Consultores especialistas em assuntos pertinentes ao projeto são envolvidos desde o princípio do processo de cada um. A constante mudança das coisas é considerada uma fonte valiosa de uma nova contribuição, a continuidade está garantida por um seleto grupo de líderes de projeto.
Embora a maioria dos projetos que foram realizados foram construídos nos Países Baixos e na França, o escritório se interessou pela Ásia resultando na firma de Hong Kong, fundando assim uma filial: o OMA Ásia. Acomodando uma diversidade de projetos ao longo do mundo, o OMA mantém escritórios também na França (OMA - AMO Rotterdam) e na América do Norte (Arquitetura de OMA - AMO Nova York).

AMO
Nos anos 90, com o projeto para a nova sede da Universal, o OMA foi exposto a várias mudanças que absorveu o mundo de mídia e com isto a importância crescente do domínio virtual. Isto conduziu Rem Koolhaas e OMA a fundar um estúdio de design e pesquisa no escritório de Rotterdam da companhia, o AMO, exclusivamente dedicado para a investigação e desempenho neste assunto, é a contraparte para a tradicional prática arquitetônica do OMA. Enquanto o OMA se dedicou à realização de edifícios e planos pilotos, o subsidiário AMO é um "pensamento" que opera em áreas além dos limites da arquitetura e urbanismo, inclusive na sociologia, tecnologia, mídia e política, aplica pensamentos arquitetônicos em sua forma pura para questões de organização, identidade, cultura e programa, e define modos - do conceitual à operação, para endereçar todo o potencial da condição contemporânea. O AMO encarna ambas as experiências profissionais do OMA e o conhecimento gerado pela Escola de Projeto e Design de Harvard.
O AMO trabalha paralelamente ao OMA para os mesmos clientes, dispondo de serviços extra nos domínios da organização e identidade, enquanto ao mesmo tempo, trabalha no design do edifício que está sendo administrado. Por exemplo, este é o caso da PRADA: enquanto OMA trabalhou no design das três lojas (Nova Iorque, São Francisco e Los Angeles), AMO trabalhou na informação tecnológica da loja, no website e no conteúdo de mídia. Isto também conduziu para o trabalho na campanha publicitária de PRADA e consultas de negócios gerais. Desde a sua concepção, o AMO também age como um consultor para WIRED - uma revista de invenções tecnológicas na sociedade contemporânea (Comentário em sala de aula: Talvez o AMO seja um paço adiante para se pensar arquitetura).

Curiosidades:
à Prada NY (Comentário em sala de aula: Muito mais do que ser e ter é parecer/ Prada é um estilo de vida).
http://www.galinsky.com/buildings/prada/
à Pavilhão brasileiro na Expo de Bruxelas, 1958, do arquiteto Sérgio Bernardes citado na apresentação do Pavilhão temporário _ Londres em sala de aula: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/imagens/034_2.jpg&imgrefurl=http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp034.asp&h=204&w=300&sz=37&hl=pt-BR&start=7&tbnid=IbAKK6YbeJv2GM:&tbnh=79&tbnw=116&prev=/images%3Fq%3DPavilh%25C3%25A3o%2Bdo%2BBrasil%2Bna%2BExposi%25C3%25A7%25C3%25A3o%2BInternacional%2Bde%2BBruxelas%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG
à Filme “O Terminal”, citado em sala de aula na apresentação “Mutations + Project on the City 01 + 02”. Tom Hanks preso no aeroporto tem todo o contado com o mundo sem tocar o exterior
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/terminal/terminal.asp
à Venda do livro Content:
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.ribabookshops.com/img/covers/16012004153616.jpg&imgrefurl=http://www.ribabookshops.com/site/viewtitle.asp%3Fpid%3D4339&h=192&w=145&sz=34&hl=pt-BR&start=35&um=1&tbnid=2sPDzFU5qELndM:&tbnh=103&tbnw=78&prev=/images%3Fq%3D%2BAMO%2Bkoolhaas%26start%3D20%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN
à reportagem da foto “tabela”: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.scielo.br/img/revistas/rsp/v21n3/05t1.gif&imgrefurl=http://www.scielo.br/scielo.php%3Fpid%3DS0034-89101987000300005%26script%3Dsci_arttext%26tlng%3Den&h=366&w=580&sz=32&hl=pt-BR&start=11&um=1&tbnid=jNxH_CcOK0_EYM:&tbnh=85&tbnw=134&prev=/images%3Fq%3DPOPULA%25C3%2587%25C3%2583O%2BNIG%25C3%2589RIA%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26l

Noticias:
http://www.dexigner.com/architecture/news-pt5076.html
http://www.dexigner.com/architecture/news-pt9158.html
http://www.rtp.pt/index.php?article=271106&visual=16&rss=0
http://jn.sapo.pt/2005/04/05/cultura/A_lenda_da_Casa_da_M_sica_.html
http://216.239.51.104/search?q=cache:j7f8BFLz2SIJ:rtp1.rtp.pt/index.php%3Farticle%3D266214%26visual%3D5+REPORTAGEM+DE+INDICE+POPULACIONAL+LAGOS,+NIG%C3%89RIA&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=11&gl=br
http://72.14.209.104/search?q=cache:NvAEoSfLwnYJ:www.caixadefantasia.com/pnet/artigopnet.asp%3Fcod_artigo%3D156042+NOTICIAS+PROJECT+ON+THE+CITY+2+REM+KOOLHAAS&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=9&gl=br&lr=lang_pt

Links:
http://www.fag.edu.br/graduacao/arquitetura/anais/2004/trabalho_rem.pdf
Http://www.caixadefantasia.com/pnet/artigopnet.asp?cod_artigo=156042
http://www.oasrs.org/conteudo/agenda/noticia0542005.asp
http://www.laboratorycluster.com/tese_por.htm
http://www.ppgte.cefetpr.br/dissertacoes/2006/beatriz.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392001000300006
http://www.oma.eu/index.php?option=com_projects&view=overview&Itemid=10
Http://tiosam.com/?q=Rem_Koolhaas
Http://www.laboratorycluster.com/tese_por.htm
Http://tiosam.com/?q=Rem_Koolhaas
http://www.africa-catalunya.org/congres/pdfs/cristina_salvador.pdf

[a06] Rem Koolhaas [fase 03 - content+AMO/OMA]








[a05] Rem koolhaas [fase 02 - mutations+projects on the city]








[a04] Rem Koolhaas [fase 01 - SMLXL]

Delirious New York
[livro lançado em 1978]

O novo “êxtase sobre a arquitetura”: a “cultura da congestão” de Manhattan como uma demonstração de uma ligação entre a arquitetura comercial e os programas de efeitos tecnológicos acelerados da vanguarda arquitetônica. O novo “êxtase sobre a arquitetura”.
Seu mais perfeito objeto em Manhattan, o principal território para o neoliberalismo desenvolvimentista, congestão, consumo.
·Metrópole: Em algum lugar do século XIX, algumas partes do globo desenvolveram uma condição sem precedentes: através da simultânea explosão das modernas tecnologias e da população humana em seus limitados territórios, elas se encontram dando base a uma forma mutante de coexistência humana conhecida como metrópoles. A Metrópole invalida todos os sistemas prévios de articulação e diferenciação que tem, tradicionalmente, guiado o planejamento das cidades. A Metrópole anula a história da arquitetura.
·Uma arquitetura com seus próprios teoremas, leis, métodos, avanços e ganhos que permaneceram em grande parte fora do campo de visão da arquitetura oficial e da crítica.
·O crescimento espetacular de Manhattan coincidiu exatamente com a definição do conceito de Metrópole. Manhattan representa a apoteose do ideal de densidade per se, tanto de população como de infra-estrutura; sua arquitetura promove um estado de congestão em todos os níveis possíveis, e explora essa congestão de modo a inspirar e dar suporte a uma particular forma de relacionamento que juntos formam uma singular cultura da congestão.
·Os pontos atrativos da ilha foram sistematicamente substituídos por um novo tipo de maquinário.
·Um substituto superior para a realidade natural que está sendo devorada pela alta densidade de humanos consumidores.


Narrativas
·Elevador: uma invenção-símbolo da condição metropolitana que favoreceu na cultura da congestão e verticalização da cidade.
·Teorema de 1909

-Uma esguia estrutura de aço dá suporte a 84 planos horizontais, todos do tamanho do pavimento original Cada um desses níveis artificiais é tratado como um 'sítio virgem' a fim de estabelecer um domínio privado ao redor de uma casa de campo e seus serviços.
-A vida dentro desse edifício é fragmentada na medida em que não seria concebível a visualização dele como um único cenário: no 82º andar, um macaco pula de volta para o vazio, no 81º, uma casal cosmopolitano levanta vôo. O isolamento privado de cada um dos níveis provados aparentemente contradiz com o fato de que, juntos, eles formam um único edifício.
·100 Story Building: Em 1911, um projeto para um edifício de 100 lojas foi descoberto. Ele incorporou muito dos avanços que, dois anos depois, pareceram inteiramente teóricos. O prédio era uma multiplicação vertical do quarteirão em 100 vezes.
-Downtown Athletic Club:
O clube é o teorema de 1909 tornado real: uma seqüência de plataformas colocadas acima uma das outras, onde cada uma repete as dimensões do lote original, e onde são conectadas entre si por 13 elevadores concentrados na parede norte da estrutura.
Ele é um dos raros edifícios do século XX que é verdadeiramente revolucionário: ele oferece um inventário completo das modificações fundamentais técnicas e psicológicas causadas pela vida na metrópole, e, além disso, separa esse mesmo século dos anteriores. Sua existência permite um espectro de experiências em um único lugar que eram anteriormente impensáveis.




S.M.L.XL
[lançado em 1997]

Exposição intensa do trabalho – e o ambiente de trabalho - do OMA, onde os diagramas de seus projetos são amplamente reproduzidos. De modo geral, são representações gráficas de referências projetuais, informações programáticas – do programa arquitetônico – e características urbanas e sócio-econômicas do território de inserção da obra, meios visuais que evidenciam e condensam dados a serem manipulados em projeto.


Rem Koolhaas, que teve oportunidade de construir na Holanda, onde nasceu, na Inglaterra, onde se formou, nos Estados Unidos, onde morou, e também na França, Japão, Suíça entre outros, pode se considerar um arquiteto com experiência em situações globalizadas de trabalho.
Koolhaas é um dos arquitetos praticantes conscientes da arquitetura globalizada e, realmente, o holandês faz questão de expressar sua posição e suas opiniões sobre como a situação contemporânea afeta sua área de atuação:
Globalização: [p. 367]
1. expande astronomicamente o reino da possibilidade, para melhor ou para pior;
2. esgota exponencialmente a imaginação arquitetônica;
3. enriquece exponencialmente a imaginação arquitetônica;
4. bagunça a cronologia da carreira de arquitetos individuais; estende e/ou encolhe a vida nas prateleiras *;
5. causa, como em antiga colisões de culturas ainda puras, epidemias;
6. modifica radicalmente o discurso arquitetônico, agora uma relação desconfortável entre desconhecimento regional e conhecimento internacional.
A globalização desestabiliza e redefine a maneira como a arquitetura é produzida e o que a arquitetura produz. A arquitetura não é mais uma transação paciente entre quantidades conhecidas que partilham culturas, não é mais uma manipulação de possibilidades estabelecidas, não é mais um julgamento possível em termos racionais de investimento e retorno, não é mais algo que se experimenta pessoalmente – pelo público ou pela crítica. A globalização empresta virtualidades a construções reais, as mantém indigeríveis, para sempre novas.”

Em vários projetos de Koolhaas, encontramos situações e preocupações que se assemelham bastante aos conceitos de Era da Informação, globalização, não-lugares, espaços midiáticos, etc. E neles um novo conceito criado por Koolhaas, Bigness (grandeza, enormidade).
Bigness: [p. 499]
1. Para além de uma certa massa crítica, uma edificação se torna uma Grande Edificação (Big Building). Tal massa não pode mais ser controlada por um único gesto arquitetônico, e nem mesmo por qualquer combinação de gestos arquitetônicos. Esta impossibilidade engatilha a autonomia de suas partes, mas não é o mesmo que fragmentação: as parte permanecem comprometidas com o todo.
2. O elevador – com seu potencial para estabelecer conexões mais mecânicas do que arquitetônicas – e sua família de invenções relacionadas desenham nulidade e vazio ao repertório clássico da arquitetura. Pontos de discussão como composição, escala, proporção, detalhe são agora argumentáveis. A ‘arte’ da arquitetura é inútil na Grandeza.
3. Na Grandeza a distância essência e envelope aumenta a ponto de a fachada não ter mais a capacidade de revelar o que acontece por dentro. A expectativa humanista de ‘honestidade’ está condenada: as arquiteturas de interior e exterior se tornam projetos separados, um lidando com a instabilidade de necessidades programáticas e iconográficas, o outro – agente de desinformação – oferecendo à cidade a estabilidade aparente de um objeto.
Onde a arquitetura revela, a Grandeza desorienta; a Grandeza transforma a cidade de uma soma de certezas para uma acumulação de mistérios. O que você vê não é mais o que você tem.
4. através somente do tamanho, tais construções entram em domínio amoral, acima do bem e do mal. Seu impacto é independente de sua qualidade.
5. juntas, todas essas rupturas – com escala, com composição arquitetônica, com tradição, com transparência, com ética – implicam em uma ruptura final, extremamente radical: a Grandeza não faz mais parte do tecido urbano. Ela existe; no máximo, coexiste. Seu subtexto é dane-se o contexto.”

Biblioteca de Paris
A Grande Biblioteca de Paris, ou TGB, tem por projeto reunir várias bibliotecas públicas espalhadas por Paris em um único imenso complexo. Um grande depósito, físico e simbólico, do conhecimento francês perene.
“A ambição deste projeto é livrar a arquitetura de responsabilidades que ela não pode mais sustentar e explorar essa nova liberdade agressivamente. O que sugere que, liberada de suas antigas obrigações, a função última da arquitetura será a criação de espaços simbólicos que acomodem o persistente desejo de coletividade.”
“Em um momento em que a revolução eletrônica parece prestes a dissolver tudo o que é sólido - a eliminar toda a necessidade de concentração e concretude física – parece absurdo imaginar a suprema e definitiva biblioteca.”
O arquiteto holandês a define como “um bloco sólido de informações, um depósito de todas as formas de memória –livros, cds, microfilmes, computadores, bases de dados”.
“fabricar diferenças, criar interesse, lidar com o tédio aparentemente infinito que existe, inventar.”


Fragmentos


ENTREVISTA
[Jornal de Notícias] Rem Koolhaas é incatalogável?
[Rem Koolhaas] Para o universo da arquitetura talvez eu seja difícil de catalogar, porque tenho muito outros interesses. Originalmente, eu era argumentista. Ainda me considero tanto escritor quanto arquiteto. Nós, na OMA ['Office for Metropolitan Architecture'], já não somos somente arquitetos; criamos outro gabinete, a AMO, que lida com questões políticas, culturais e de identidade contemporânea. Estou constantemente a alargar o espectro daquilo que a arquitetura pode fazer. Acho que isto que faço é muito confuso para o mundo dos arquitetos, mas não é de todo confuso para o resto do mundo. Eles percebem, mas os arquitetos ficam completamente chocados.
[Jornal de Notícias] É capaz de explicar por que razão a Casa da Música pode provocar comoção a quem a visita?
[Rem Koolhaas]Bom, eu sou responsável por isso. Mas não sou responsável por explicar o que é que isso quer dizer [risos]. Acho que isso é uma das coisas terríveis do estado atual da arquitetura: antes fazíamos coisas e ficávamos emocionados. Agora fazemos as coisas e ainda temos que as explicar. Temos que explicar às pessoas aquilo que devem sentir e assegurar-lhes que aquilo que elas estão a sentir é correto. Eu não quero ter nada a ver com isso.

COMENTÁRIO BLOGGER:
Antonio Damásio, Citação livre.
Há duas frases de Koolhaas que me inquietam. Não por serem dele mas porque se mascaram de veracidade. Representam uma deslocação dos objectivos da arquitectura, um recentrar das preocupações sobre o ambiente construído. Não me interessa citá-las agora. São duas ideias que atravessam todas as intervenções, construídas ou não, de Koolhaas. A primeira dá conta da demissão emocional da arquitectura; a segunda prende-se com a negação do fenómeno estético, assumindo-se como um paradoxo, pois gera uma outra estetização, tão válida ou presente como qualquer outra.
[...]
Diz o holandês que as pessoas podem habitar qualquer coisa, ser felizes em qualquer coisa e miseráveis em qualquer coisa. Não deixa de ser verdade, o que não permite uma extrapolação genérica. Koolhaas não acredita na emoção. É uma criatura hiper-racional. Um animal do século XXI, da informação sem limite, das redes digitais, da globalização. Mas não deixa de ser um arquitecto. Que produz espaços que irão dialogar com pessoas. E as pessoas não são hiper-racionais, regem-se pela emoção como bem nos vai tentando explicar António Damásio.


Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rem_Koolhaas
http://mega.ist.utl.pt/~vvgr/rem.htm
http://www.luxstudium.com.br/artigos/headline.php?n_id=128&u=1%22
http://mega.ist.utl.pt/~ndpr/Ex.5_html/biografia.htm
http://epiderme.blogspot.com/2003/10/da-congesto-disseminao-o-mais-elevado.html
http://oprojecto.blogspot.com/2004_05_01_archive.html
http://pedrasobrepedra.weblog.com.pt/arquivo/189339.html
KOOLHAAS, Rem. “Life in the Metropolis” or “The Culture of Congestion” IN: HAYS, Michael. Architectural Theory since 1968. New York: MIT Press, 2000. (tradução Frederico Canuto). P.320-330.
KOOLHAAS, R. Delirious New York. New York: Monacelli Press.
KOOLHAAS, R, MAU, Bruce. S, M, L, XL. New York: Monacelli Press.

sábado, 16 de junho de 2007

[a03] fluxus

Quando?
Décadas de 60 e 70.

Onde?
Europa, EUA e Japão.

O que?
Contestava o sistema museológico da arte através de performances, happenings, filmes (vídeo arte), música, pintura e de suas publicações (Editora Fluxus Inc). As propostas eram politizadas e de cunho libertário, se aproximando muito dos ideais primeiro sugeridos pelo Dadaísmo e o Construtivismo russo.

Quem?
George Maciunas - originalmente Jurgis Mačiūnas, (Kaunas, 8 de Novembro de 1931 — Boston, 9 de maio de 1978). Artista de origem lituana, que depois migrou para os Estados Unidos.

Como?
O termo ‘Fluxus’ foi originalmente criado, por Maciunas, para ser o título de uma revista que teria com objetivo publicar textos dos artistas da vanguarda, muitos dos quais tiveram seus trabalhos apresentados, entre 1960 e 1961, no estúdio de Yoko Ono e na AG Gallery de Maciunas, ambos em Nova York. Depois passou a designar e caracterizar uma série de performances organizadas por Maciunas na Europa durante três anos (1960-1963).

Quem mais?
Al Hansen / Alison Knowles / Allen Bukoff / Arman / Ay-O / Barry McCallion / Beck Hansen / Cairn Hedland / César Baldaccini (César) / Charlotte Moorman / Dick Higgins / Genesis P-Orridge / Geoffrey Hendricks / George Brecht / George Landow / George Maciunas / Giuseppe Chiari / Gustav Metzger / György Ligeti / Henry Flynt / Jackson Mac Low / Joe Jones /
John Cage - John Milton Cage (5 de setembro de 1912 - 12 de agosto de 1992) foi um compositor musical experimentalista e escritor norte-americano. É o compositor da famosa peça 4'33". Foi um dos primeiros a escrever sobre o que ele chamava de música de acaso. /




Jon Hendricks /
Joseph Beuys - (12 de maio de 1921 - 23 de janeiro de 1986) foi um artista alemão que produziu em vários meios e técnicas, incluindo escultura, performance, vídeo e instalação. Ele é considerado um dos mais influentes artistas europeus da segunda metade do século XX./



Ken Friedman / Larry Miller /
Nam June Paik
- (20 de junho de 1932 – 29 de janeiro de 2006) foi um artista sul-coreano. Trabalhou em diversos meios de arte, sendo freqüentemente creditado pela discoberta e criação do meio conhecido como videoarte./



Philip Corner / Philip Krumm / Ray Johnson / Robert Filliou / Ruud Janssen / Shigeko Kubota / Takehisa Kosugi / Vytautas Landsbergis /
Yoko Ono
- Yoko Ono, em japonês 小野 洋子 (Ono Yōko), (Tóquio, 18 de Fevereiro de 1933) é uma cantora e artista vanguardista japonesa, viúva de John Lennon. Suas obras, tanto musicais quanto plásticas e conceituais (onde foi pioneira), são caracterizadas pela provocação, introspecção e pacifismo. [Livro Grapefruit, uma compilação de "instruções de obra de arte"]
E aí?
Tais apresentações destes artistas foram prolongadas tornando-se festivais – Festum Fluxorum – que percorreram várias cidades como Copenhague, Paris, Düsseldorf, Amsterdã e Nice. As performances e happenings realizados pelo grupo, bem como suas publicações, e vídeos tiveram um profundo impacto nas artes das décadas de 60 e 70, a partir de sua postura radical e subversiva na medida em que trabalhava com o efêmero, misturando arte e cotidiano, visando destruir convenções e valorizar a criação coletiva.

Arte Conceitual
Define-se como o movimento artístico moderno ou contemporâneo que defende a superioridade das idéias veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados para criar em lugar secundário.
O artista Sol LeWitt definiu-a como:
Em arte conceitual, a idéia ou conceito é o aspecto mais importante da obra. Quando um artista usa uma forma conceitual de arte, significa que todo o planejamento e decisões são tomadas antecipadamente, sendo a execução um assunto secundário. A ideia torna-se na máquina que origina a arte.
Marcel Duchamp, nas décadas de 1910 e 1920 tinha prenunciado o movimento conceitualista, ao propor vários exemplos de trabalhos que se tornariam o protótipo das obras conceituais, como os readymades, ao desafiar qualquer tipo de categorização, colocando-se mesmo a questão de não serem objetos artísticos.
A arte conceitual recorre frequentemente ao uso de fotografias, mapas e textos escritos (como definições de dicionário). Em alguns casos, como no de Sol Lewitt, Yoko Ono e Lawrence Weiner, reduz-se a um conjunto de instruções escritas que descrevem a obra, sem que esta se realize de fato, dando ênfase à idéia no lugar do artefato. Alguns artistas tentam, também, desta forma, mostrar a sua recusa em produzir objectos de luxo - função geralmente ligada à ideia tradicional de arte.

Performance
Modalidade de artes visuais que apresenta ligações com o teatro e, em algumas situações, com a música.
Difere do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a participação dos espectadores. Assim, como geralmente possui um "roteiro" previamente definido, é passível de ser reproduzida fielmente, em outros momentos ou locais. Mas como muitas vezes a performance é realizada para uma platéia restrita ou mesmo ausente, seu conhecimento depende de registros através de fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos.
Se deu durante a década de 1960, a partir das realizações do grupo Fluxus e, muito especialmente, pelas obras do artista Joseph Beuys. Numa de suas performances, Beuys passou horas sozinho na Galeria Schmela, em Düsseldorf, com o rosto coberto de mel e folhas de ouro, carregando nos braços uma lebre morta, a quem comentava detalhes sobre as obras expostas.
Happening
O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim.
Na pop art, artistas como Kaprow e Jim Dine, programavam happennings com o intuito de "tirar a arte das telas e trazê-la para a vida".
Robert Rauschenberg, em Spring Training (do inglês, Treino de Primavera), alugou trinta tartarugas para soltá-las sobre um palco escuro, com lanternas presas nos cascos. Enquanto as tartarugas emitiam luzes em direções aleatórias, o artista perambulava entre elas vestindo calças de jóquei. No final, sobre pernas-de-pau, Rauschenberg jogou água em um balde de gelo seco preso a sua cintura, levantando nuvens de vapor ao seu redor. Ao terminar o happening, o artista afirmou: "As tartarugas foram verdadeiras artistas, não foi?"
O termo Fluxus foi inventado a fim de evidenciar a natureza sempre mutante do grupo e de estabelecer ligações entre suas várias atividades, linguagens, disciplinas, nacionalidades, gêneros, abordagens e profissões. Para Maciunas, o Fluxus era "a fusão de Spike Jones, vaudeville, gag, jogos infantis e Duchamp". A maioria das obras desse grupo informal internacional envolvia a colaboração com outros artistas ou com o espectador, e em breve o Fluxus tornou-se uma comunidade, sempre em expansão, de artistas de várias disciplinas e nacionalidades, trabalhando juntos. Conforme explicou George Brecht (n. 1925): "Para mim, o Fluxus era um grupo de pessoas que se davam bem e que estavam mutuamente interessadas no trabalho e na personalidade de seus participantes".
Como seus contemporâneos, os artistas do Fluxus visavam uma integração mais íntima entre a arte e a vida e uma abordagem mais democrática no sentido de criar, acolher e colecionar arte. Eles eram ativistas anárquicos (como os *futuristas e os *dadaístas tinham sido, antes deles) e radicais utópicos (como os *construtivistas russos).

sobre fluxus
O conceito de "faça você mesmo" permeou a obra do Fluxus, boa parte da qual existiu sob a forma de orientações escritas a serem levadas adiante por outros. Ao longo dos anos 60 e 70 realizaram-se inúmeros festivais, concertos e turnês, bem como surgiram jornais, antologias, filmes, comidas, jogos, lojas, exposições do Fluxus, e até mesmo Fluxdivórcios e Fluxcasamentos. Da mesma maneira que Cage permitia que qualquer som se tornasse música, o Fluxus permitiu que qualquer coisa fosse usada para a arte. Em um manifesto publicado em 1965, Maciunas afirmou a mesma coisa: a tarefa do artista era "demonstrar que qualquer coisa pode ser arte e que qualquer pessoa pode fazê-la".
http://veja.abril.com.br/idade/estacao/veja_recomenda/241203/estilos.html

O Fluxus foi um movimento sem sócios, sem regras, sem Papas como o surrealismo, cada um era Fluxus por si próprio. Define-se numa atitude mais geral, não é nada em particular.
http://www.lxxl.pt/babel/biblioteca/sousa2.html#Fluxus

. O Fluxus foi vanguarda artística que também chegou a realizar experimentos utilizando as correspondências como suporte. Dentre os participantes do Fluxus, temos pessoas como Yoko Ono, Joseph Bueys, Dick Higgins, John Cage, Allan Kaprow e George Maciunas, um dos mentores dos textos mais radicais do Fluxus. Alguns artistas chegaram inclusive a criar selos com suas próprias fotos (The Flux Post), estas peças se tornaram apenas decorativas, já que era necessário incluir selos “verdadeiros” para que o sistema de correspondência aceitasse as cartas.
http://prod.midiaindependente.org/en/blue/2004/07/285003.shtml

Para Agnaldo Farias, curador-consultor do Instituto Tomie Ohtake, o FLUXUS está mais próximo de uma comunidade do que de um movimento artístico. “È, em primeiro lugar, uma rede pluridimencional de encontros; fenômeno sem fronteiras geográficas ou de linguagem que, dentro da mais pura herança Dadaísta, combinando happenings, performances, fotografias, colagens, objetos, concertos musicais e festivais multimidiáticos, alastrou-se nos anos 60, inicialmente na Alemanha, objeto central dessa exposição, e depois pela Europa, chegando até os nossos dias”, explica.
http://www.iberecamargo.org.br/content/revista_nova/reportagem_integra.asp?id=195

A antiarte desestetiza-se, desdefine-se, tornando difícil saber o que é arte e o que é realidade, tendendo ao niilismo ao zerar a própria arte. A antiarte pós-moderna se desestetiza, porque a vida se acha estetizada pelo design, a decoração. Tudo é espetáculo. O importante na antiarte é o gesto, o processo inventivo, não a obra. A antiarte é participação, o público reagindo pelo envolvimento sensorial, corporal. O happening (acontecimento) é a intervenção - preparada ou de surpresa – do artista no cotidiano, não através da obra, mas fazendo da intervenção uma obra. É o máximo da fusão arte/vida, pois utiliza a rua, a galeria, pessoas e objetos que estão na própria realidade pra desencadear um acontecimento criativo. Os membros participantes muitas vezes realizam ações ao mesmo tempo que as documentam. Estes são provocações do público, ampliando a percepção desta em relação ao mundo onde vive. Performance, variedade do happening, atrai atenção para o artista e os materiais usados para chocar o público sob algum aspecto. Procura-se atingir o espectador no seu pensamento, simultaneamente à sua emoção, com a expectativa de despertar nele reações corporais explícitas; tenta-se conquistar o espectador para o espetáculo, dando-lhe a oportunidade de ser parte da obra de arte. O ator exerce o papel de regente de um acontecimento emocional coletivo ao inusitado. Nisto, o ator performático assume, de forma consciente, um risco físico.
O performance foi bastante utilizado e desenvolvido pelos dadaístas, futuristas, situacionistas e o movimento Fluxus.
http://www.helsinki.fi/hum/ibero/xaman/articulos/2003_01/eerola.html

O acaso é importante para nosso desenvolvimento. Na realidade, o acaso não existe. "Eu nunca te encontraria se já não estivesses comigo".(SaintExupery). Uma exposição no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, acenava com um grande cartaz: "Fluxus".Caminhei despreocupadamente em sua direção, sem ter programado com antecedência. À porta, comprei uma camisa com uma enorme seta e a legenda "Fluxus". Afinal, pensei, já vestida com a camisa, o que será "Fluxus"? Lá dentro, meninas vestidas de preto com botas alaranjadas, conduziam grupos, explicando o significado das obras. "Então, qualquer um de nós pode ser artista?" indagou uma senhora, entusiasmada com a idéia. Acompanhei com curiosidade os debates, sem me apresentar. Aquelas idéias me tocavam de perto, lembravam o meu próprio posicionamento sobre a comercialização da arte, os happenings dos anos 60, os domingos de criação que possibilitavam a todos a oportunidade de criar. Quadros não são feitos para combinar com tapetes e cortinas, nem para serem colocados como títulos na bolsa de valores do mercado de arte. A preocupação comercial leva o artista a concessões imperdoáveis, que fazem esquecer a razão de ser da arte como a força vital de uma civilização, para colocá-la no plano de especulação comercial. O valor de um trabalho artístico, suas qualidades expressivas, não se limita a números e cifrões, mas alcança um lugar que lhes assegura realmente a permanência no tempo e sua equiparação com as demais artes.Assim como com a música e a poesia, também o quadro que vemos numa exposição contém toda uma vida de lutas e experiências. Não se podem separar as inquietações da alma humana, seus momentos de sofrimento ou alegria, de violência ou de paz, de revolta ou de submissão daquela forma que espontânea e diretamente lhe sai das mãos.A arte é a mais pura manifestação da liberdade, hoje tão limitada na mecanicidade do mundo moderno. Toda e qualquer forma de imposição, ao atingir o domínio da arte, impede-lhe o progresso e a conduz à mediocridade. O sentido de liberdade é expresso com grande veemência por meio da arte, porque ela se fundamenta e nasce num clima no qual a opressão não tem lugar. Pode-se proibir o homem de falar, mas nunca de sentir. A arte é a expressão do sentimento humano, desse sentimento tantas vezes bloqueado por slogans e rótulos, mas que desperta quando se desenvolve a capacidade de inventar, de renovar, de contatar a essência do próprio Ser. O verdadeiro humanismo brota das mãos dos artistas e da alma dos poetas, dos cineastas, dos escritores, dos músicos, que proclamam espontaneamente a compreensão entre os povos. O humanismo autêntico tem suas raízes no sentimento, e não na razão.Segundo a apresentação da exposição, "o Fluxus nasceu em 1961, a partir da liderança de George Maciunas, tendo como origem a rejeição aos valores e ao meio que cercava as "artes eruditas" e o caráter comercial que dominou o mercado internacional de arte após o fim da Segunda Guerra Mundial.Esse movimento de contracultura abria também uma porta para a aproximação com o zen-budismo e sua valorização.O Budismo zen não é propriamente uma religião, mas um modo de viver espontâneo, direto, criativo. Os conceitos, dogmas e fórmulas são eliminados, para darem lugar à intuição pura.Registro aqui um texto de Thomas Merton sobre a linguagem Zen:"A linguagem utilizada pelo Zen é, portanto, em certo sentido, uma antilinguagem. E a "lógica" do Zen é o inverso radical da lógica filosófica. O dilema humano da comunicação está no fato de que não podemos nos comunicar ordinariamente sem palavras e sinais, mas mesmo a experiência ordinária tende a ser falsificada pelos hábitos de verbalização e racionalização. Os instrumentos convenientes da linguagem nos permitem decidir de antemão o que pensamos que as coisas significam, e constituem uma tentativa para vermos as coisas apenas de um modo que se enquadre em nossos preconceitos lógicos e fórmulas verbais. Em lugar de ver as coisas e os fatos como realmente são, nós os vemos como reflexos e verificações de sentenças que previamente construímos em nossas mentes. Esquecemos com muita rapidez como simplesmente ver as coisas, substituindo nossas palavras e fórmulas de maneira a vermos somente o que se enquadra convenientemente em nossos preconceitos. O Zen utiliza a linguagem contra a própria linguagem, para fazer estourar tais preconceitos e destruir a enganadora "realidade" existente em nossas mentes, para que possamos ver diretamente. O Zen diz, como Wittgenstein dizia: não pense: olhe! Uma vez que a intuição Zen procura despertar uma consciência metafísica para além do ego empírico, que reflete, conhece, fala, essa conscientização deve estar imediatamente presente a si mesma e não sofrer a mediação do conhecimento conceitual, reflexo ou imaginativo."Saí da exposição refletindo mais uma vez sobre a sincronicidade dos movimentos artísticos que, intuitivamente movidos por um impulso energético planetário, buscam a libertação dos condicionamentos e a valorização do agora.(*) Maria Helena Andrés, artista mineira e ex-aluna de Guignard, aprendeu com o mestre a arte de desenhar e pintar. Participou de diversas Bienais Internacionais. Estudiosa do pensamento oriental e da história da arte escreveu vários livros de reflexões sobre a arte desde as suas origens até a contemporaneidade, entre eles: Os Caminhos da Arte, Encontro com os Mestres no Oriente e Vivência e Arte.
Spam Art
Os spammers estão infernizando sua vida? Sua caixa postal anda lotada? Se você acha que o Spam é uma ferramenta só para gananciosos, conheça o Spam Art. Durante a década de 60, explodiam as ações criativas e contestatórias. Inspirados principalmente pelo Fluxus1, a Mail Art ou Arte Postal nos ajuda a entender melhor o fenômeno da Spam Art nos dias atuais. Na Arte Postal eram utilizados os serviços de correios como meio de difundir trabalhos realizados geralmente sobre envelopes e cartões postais, as técnicas eram variadas, mas a fotocópia merece destaque especial, a maquininha era a novidade naquela época e grande parte dos artistas postais a utilizavam como meio rápido de reproduzir seus trabalhos. A Mail Art além de proporcionar uma grande liberdade de criação, também criou uma rede gigantesca de endereços de pessoas de todo mundo interessadas em receber os trabalhos, que não eram vendidos, apenas enviados aos montes, sem a esperança de obter troca. Porém, bastava aguardar alguns dias que os trabalhos de outros integrantes da rede lotavam sua caixinha de correio. Naquela época ninguém estranhava receber cem cartas com o mesmo remetente, os nomes múltiplos eram um conceito criado para combater o individualismo e o estrelismo entre os participantes, desta forma, acreditava-se que a noção de autoria era colocada para escanteio. Isso facilitava a participação de pessoas novas, que não eram artistas a participar desta rede. Até os agentes dos correios chegaram a participar de certa forma, um exemplo interessante foi o trabalho de Ben Vautier2. Seu trabalho intitulado A Escolha do Carteiro (1965), consistia em uma carta comum, que, no entanto possuía dois destinatários, dois lados idênticos e com selos, desta forma ficava a cargo do acaso ou do funcionário dos correios a escolha do destinatário. Com essas táticas os trabalhos deixavam de ser comercializados, perdiam seu lugar religioso nas galerias e se passavam como objetos simples do cotidiano podendo ser manipulados por qualquer pessoa sem nenhum pudor. No Brasil, ainda na década de 60, artistas e escritores como Wlademir Diaz Pino foram um dos primeiros a trabalhar com Arte Postal no Brasil. Mas foi somente na década de 80 que a Mail Art foi totalmente cooptada pelos grandes circuitos da arte oficial no Brasil. Em 1981 a 16a Bienal de São Paulo já montava uma sala especial sobre a Mail Art produzida no mundo. Daí pra frente o que se produziu como Arte Postal aqui não é nem a sombra do que foi as ações mais dos dissidentes do Fluxus, a pouca radicalidade que ainda existia deu lugar a apenas experimentação de suportes, no lugar de telas cartas, no lugar de livros cartões. Dessa forma rapidamente as cartas passaram a ser comercializadas e a rede deixou de ser ponto central da Arte Postal, perdendo completamente sua força contestatória. Apesar de ser quase impossível destacar o elemento fundador da Mail Art, muitos atribuem a figura de Ray Johnson3 como sendo o pai da Mail Art. Os trabalhos de Johnson se espalharam rapidamente pela rede que se formava e também entre os envolvidos com o Fluxus. No começo dos anos 60 Ray utilizou freqüentemente a alcunha de Escola de Correspondência de Nova Iorque. Seus trabalhos chegaram a ter um valor no mercado de Arte, Andy Warhol chegou a dizer que pagaria dez doláres por cada trabalho de Ray. Apesar da internet, hoje, ter deslanchado e de certa forma engolido o antigo sistema de correios, substituindo grande parte das correspondências por e-mails, muitos artistas ainda trabalham com a Mail Art, inclusive no Brasil. Já nos dias atuais, enquanto muitas pessoas arrancam seus cabelos com caixas postais lotadas, e-mails que não abrem mais, outras trabalham formas de espalhar a peste do Spam. Como todo cidadão do planeta que já teve algum contato com o e-mail, nós sabemos muito bem dos males que o Spam tem causado por aí. Contudo, se fosse utilizado de forma consciente e não fosse o seu conteúdo unicamente comercial e enganoso, o Spam seria uma forma bastante eficaz de contactar pessoas de vários pontos do planeta ao mesmo tempo, sem intermediários. Mas então por que não utilizar desses meios tão repugnantes para distribuir trabalhos de arte? Assim questionam alguns grupos, anônimos e artistas que têm utilizado o Spam como forma de burlar o tédio e a comodidade do mundo da arte e ao mesmo tempo redefinindo e subvertendo as idéias inescrupulosas dos malditos Spammers. Diferentemente das empresas que se enriquecem com o Spam, os Spammers “artistas” querem, na maioria das vezes, virar de cabeça para abaixo o capitalismo. Seus trabalhos são inspirados na Mail Art, porém utilizam a distribuição de e-mails em massa, no lugar dos tradicionais correios. Assim como o Spam propriamente dito, ninguém está a salvo da Spam Art. A grande diferença é que no lugar de conteúdos desagradáveis, pode chegar na sua caixa postal colagens digitais, infogravuras, poesias e até hoaxes. E se você ainda der sorte, poderá tirar seu e-mail de uma lista de Spam Art, simplesmente pedindo a exclusão4. Sabe aquelas mensagens de Spam que contém um texto breve, geralmente pedindo sua conta de banco para que um tesouro seja depositado em sua conta? O "Please Do Not Spam Art" é um site muito simples que tem dois formulários, um leva a construção de uma frase por letras (Please Do Not Spam é o padrão) e o outro possibilita criar uma colagem com palavras chaves encontradas mais utilizadas pelos Spammers convencionais. Aí basta colocar um e-mail de um amigo e enviar. Essa é uma forma também conhecida como Poesia Spam ou Spam Poetry. Uma proposta parecida está no site (www.stephendann.com/free_form_spam_poetry.htm) que propõe, também através de colagem, uma fórmula de "cura" para as mensagens que lotam as caixas postais. Copie o título do seu primeiro spam na sua caixa postal, com a linha da segunda, e assim por diante. A Poesia Spam utilizada nesse caso é feita através de um formulário simples, que emite um e-mail por um servidor web. Um dos precursores deste tipo de Spam Art foi Frédéric Madre. Editor da revista eletrônica experimental pleine-peau.com, seu nome sempre esteve ligado a problemas, foi expulso de várias listas de discussões famosas no mundo da net art, como a nettime, por utilizar o Spam como forma de Arte. “O Spam é um termo cheio de controvérsia e traz consigo uma grande quantidade de aspectos negativos. Por isso o escolhi." diz Frédéric numa entrevista cedida pela internet. A Poesia Spam nesses casos funciona não somente como uma forma de divulgar algum trabalho, mas como um desvio de lógica do sistema Spam, uma desinfo que pode iniciar um processo de sabotagem do Spam como ferramenta comercial. Imagine o que podemos fazer com uma empresa como a Gator, responsável por inúmeros Spywares e Spams, por exemplo. No entanto a Poesia Spam também pode ser executada com base na ascii art, formando desenhos, arabescos ou composições orgânicas. Utilizando-se de Hoaxes, termo utilizado na web para designar mensagens que propagam boatos, uma onda mais obscura de artistas como Sintron (www.sintron.org), tem brincado um pouco com o imaginário cyber. Sintron utiliza no seu projeto DOGS uma mensagem falsa que chega na caixa postal avisando que seus dados estão sendo enviados para um computador da suposta empresa Sintron. Aqui a questão de segurança pode ser levantada de forma séria se o Hoax servir para denunciar tentativas de controle da web, como o software Carnivore do FBI, que checa todas as rotas de e-mails por palavras chaves. Nesse caso toda paranóia é pouca. Campanhas para desmoralizar políticos e empresas também têm sido motivo para criar esses Hoaxes que se espalham via Spam5. Para os amantes da ascii art, a Spam Art em conjunto é uma combinação perfeita, o site italiano o-o.it, é um exemplo extremo do que pode ser feito com ascii e o Spam. Primeiro você se cadastra no banco de dados, alguns minutos depois já começa a receber inúmeras mensagens geradas aleatoriamente pelos usuários da página. São mensagens Hoax, imagens abstratas e figurativas, gerando uma combinação visual explosiva. A ação provocada pelo site no e-mail cadastrado é semelhante a uma ação grafiteira, da mais caótica possível, misturando o ascii art com a poesia Spam. Depois se o internauta não quiser mais receber os Spam Art, basta descadastrar no site. Bem, eu testei, descadastrei e tudo correu bem... Enfim, a criação do Spam Art é muito simples, com um programa de envio de mensagens, poucos contatos e ferramentas de edição de imagem, ou mesmo texto puro (ascii art) é possível distribuir pela internet um trabalho que pode se alterar ao longo do tempo. Spam Art e Antiarte Como o fluxo de mensagens é grande, pode ser reenviado e é esteticamente muito variado, a noção de autoria é mais uma vez negada. Torna-se praticamente impossível descobrir com certeza quem criou a obra. Nada de "gênio da arte" ou “cabeça pensante do grupo” aqui essas idéias individualistas e características do capitalismo são substituídas pela idéia de rede aberta e pela criação comum. No lugar disso o plagiarismo e a criação um ser vivo auto-suficiente são os pontos centrais da obra. O que fortalece ainda mais a Spam Art como “arte de guerrilha” ou antiarte é o fato de que a Spam Art não é um produto, pelo menos até que se torne propriedade intelectual (isso ainda não aconteceu), ela continuará a se multiplicar pela rede, de forma aberta e sem virtuais possibilidades de controle. Outra grande sacada da Spam Art é a possibilidade de mutação. Assim como um vírus, a mesma mensagem pode sofrer alterações, mesmo que o autor aceite ou não essas mudanças. Caiu na rede não é mais de ninguém! E é essa negação da propriedade intelectual que muitos net artistas estão levantando e colocando em prática agora de forma tática. A Spam Art também é uma ação efêmera, que pode ser perder na web. A priori não é possível estabelecer uma rota racional por onde o trabalho percorrerá. Como forma de guerrilha antiartística ou não-artística a Spam Art tem grandes vantagens frente as demais tentativas de criar uma proximidade entre arte e a vida, tirando assim a arte do sua plataforma soberana sobre as demais atividades sociais. Mesmo que isso seja uma velha utopia e até certo ponto demasiadamente idealista, a proximidade é óbvia. Na Spam Art o museu não precisa ser negado, ele é simplesmente dispensável, pois o grande barato não está no deleitamento estético, muito menos no fetiche da arte e sim na simplicidade e no intercâmbio de gestos criativos. Quem recebe a Spam Art, também pode simplesmente ignorá-la e tratá-la como um Junk Mail qualquer, a sacrossanta arte começa a ser balançada em seu altar. Ninguém, enfim, recebe uma Spam Art e diz: “Nossa! Isso é arte, vamos respeitar, eu sou um ignorante mesmo...” O único problema continua sendo acreditar que qualquer tipo de arte possa nos conduzir a uma mudança radical de estruturas sociais e econômicas. Salvo essas questões, a Spam Art ainda é uma grande ferramenta de comunicação criativa. E só resta explorá-la! ----------------- 1. O Fluxus foi vanguarda artística que também chegou a realizar experimentos utilizando as correspondências como suporte. Dentre os participantes do Fluxus, temos pessoas como Yoko Ono, Joseph Bueys, Dick Higgins, John Cage, Allan Kaprow e George Maciunas, um dos mentores dos textos mais radicais do Fluxus. Alguns artistas chegaram inclusive a criar selos com suas próprias fotos (The Flux Post), estas peças se tornaram apenas decorativas, já que era necessário incluir selos “verdadeiros” para que o sistema de correspondência aceitasse as cartas. 2. Ben Valtier era um italiano que fazia parte do Fluxus e que logo se integrou aos seguidores da Mail Art. 3. “O mais famoso desconhecido artista de Nova Iorque” foi também considerado um pintor da Pop Arte. 4. Geralmente as listas de Spam Art não configuram Spam, pois permitem a exclusão de e-mails, porém isso nem sempre acontece, vale a pena experimentar alguns sites como o o-o.it, que permite a exclusão da lista. 5. Alguns Spammers vêm sabotando multinacionais e organizações, se passando por elas, utilizando seus e-mails para enviar falsos informativos para milhares de pessoas. ---- Retirado da Revista geek.

notas sobre a produção de teorias urbanas quaisquer

sobre fazer teoria .Como se conhece .O que é especular ou hipóteses .Como racionalizar .Sobre teoria e prática ou a importância da consideração do fenômeno teórico como histórico presentificável .Quem formula uma teoria sobre o Urbano .Potências [in]disciplinares .Virtualidade e Transdução .Dialética e Gradações: necessidades da realidade .vida cotidiana .Urbanismo .Sobre valores .Festa .[bio]Potência [...]quaisquer?

sobre [panf]letagens [2sem2009]

usar a palavra-chave dada a partir dos seguintes textos como ponto de partida para produção de um construto
01. Kitchen Stories [direção: Bent Hammer] + ABALOS, I. O que é Paisagem = paisagens íntimas
02. KOOLHAAS, R. Cidade Genérica + KOOLHAAS, Rem. Vida na Metrópole ou a Cultura da Congestão = fantasias genéricas / congestão genérica
03. TSCHUMI, B. O Prazer da Arquitetura IN: NESBIT, K. Uma Nova Agenda para a Arquitetura = funcional / inutilidade
04. VIDLER, A. Teoria do Estranhamento Familiar IN: NESBIT, K. Uma Nova Agenda para a Arquitetura = roberto / dessimbolização
05. MAAS, W. FARMAX = leveza
06. NEGRI, A, HARDT, M. Multidão = maria de fátima
07. FLUSSER, V. Design: Obstáculo para a remoção de Obstáculos IN: _______. O Mundo Codificado = reciclagem / sofá
08. GANZ, Louise. Lotes Vagos na Cidade: Proposições para Uso Livre IN: ____ SILVA, B. Lotes Vagos = beleza
09. CRIMP, Douglas. Isto não é um Museu IN: _________. Sobre as Ruínas do Museu = coleção de museu / admiração imparcial
10. WEIZMAN, Eyal. Desruição Inteligente IN: v.v.a.a. 27a Bienal de Arte de São Paulo. Como Viver Junto = infestação / desparedamento
11. Koolhaas Houselife = funcionalidade
12. CORTEZAO, Simone. Paisagens Engarrafadas = paisagismo marcado
13. BRANDAO, Luis Alberto. Mapa Volátil. Imaginário Espacial: Paul Auster IN: _______. Grafias de Identidade. Literatura Contemporânea e Imaginário Nacional = andarilho
14. CANUTO, Frederico. Notas Sobre Ecologias Espaciais = ecossistemas
15. SANTANA, P. A Mercadoria Verde: A natureza = fotografias verdes
16. Central da Periferia = calypso amazônico / brega
17. BECKER, B. Amazônia: mudanças Estruturais e Urbanização IN: GONCALVES, M.F. et al. Regiões e Cidades. Cidades nas Regiões = fotografias verdes
19. Edifício Master. Direção: Eduardo Coutinho + CANUTO, Frederico. Apto[s], 01qrt, 1sl, 1coz, s/vg. =
20. WISNIK, Guilherme. Estado Crítico =

[d] - 1sem2009 = [doc]01 - 1osem2007 = [doc]

Documentário: Documentar os conteúdos ministrados durante a aula do dia, sendo obrigatório entregar no dia posterior, um arquivo digital contendo:
-fotografias/imagens do que foi escrito nas carteiras ou no quadro negro, bem como as discussões em sala de aula;
-outras imagens podem ser colocadas, porém devem ser relacionadas ao conteúdo da aula;
-um texto como o resumo da aula, podendo ou não conter colocações do aluno-autor;
-biografia dos autores citados em sala de aula [pesquisar no curriculo lattes, wikipedia e outros sites]. Na biografia dos autores citados deve, necessariamente, conter os trabalhos mais relevantes, bem como vínculo a escolas de pensamento;
-indicações de sites relacionados aos assuntos trabalhados em sala [mínimo de 05 links];
-notícias relacionadas ao assunto discutido em sala [mínimo de 05 notícias];

[a]02 - 1osem2007

Apresentações Grupo A: Apresentação para a sala de aula dos seguintes temas:[SURREALISMO]+[DADAISMO]+[FLUXUS], segundo os seguintes critérios mínimos: -exposição do pensamento do grupo e diversas correntes internas, através de seus conceitos; -exposição das diversas modalidades: pintura, escultura, arquitetura...; -período e países onde atou; -principais nomes e respectivos trabalhos; -articulação obra-conceitos-ambiente urbano. Grupo B: Apresentação para a sala dos seguintes temas: [KOOLHAAS01 – Delirous New York+SMLXL]+ [KOOLHAAS02 – Mutations+Project on the City 01+02]+ [KOOLHAAS03 – Content +Reconsidering OMA], segundo os seguintes critérios mínimos: -conceitos; -eviolução de pensamento; -textos e questões trabalhadas; -cronologia dos trabalhos; -articulação obra-conceitos-ambiente urbano.

[ps]03 - 1osem2007 = [ps]

Paisagens Superabundantes: Texto a ser entregue contendo imagens e textos, a partir dos conceitos operativos definidos diariamente na disciplina Teoria Urbana.