Can Dialectics Break Bricks?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

[doc+fernanda orsini] calypso amazônico

O documentário assistido, um dos episódios do programa Central da Periferia, nos conta um pouco da história da banda Calypso e das periferias da região norte. A região norte tem 7% da população total do país, é a menos povoada, porém a mais extensa, com área de 42,27% do território brasileiro. Tem o maior (Amazonas) e o segundo maior estado (Pará).
A partir de então, o documentário nos faz refletir sobre esta região e o que ela possui que nos é desconhecido e um pouco mostrado pela Regina Casé. Em um primeiro momento o vídeo nos conta a história da banda Calypso e como eles começaram. O guitarrista, conhecido como Chimbinha, começou em uma rádio poste, onde a aparelhagem ficava em casa e o som era transmitido por uma caixa de som grudada no poste, assim era possível fazer ‘gato’ e não pagar conta de luz. Os aparelhos eram precários e com pouca tecnologia. O primeiro cd da banda, teve a capa feita pela própria vocalista, a Joelma, era bem caseiro, porém aos poucos sua divulgação foi aumentando até que gravaram um cd ao vivo que se espalhou por toda a região Norte e Nordeste. Assim, ficaram mais conhecidos até chegarem onde estão hoje, conhecidos mundialmente.
O vídeo também nos mostrar os diversos ritmos locais que tiveram influências vindas de fora do país e fizeram sucesso apenas nesta região, onde o resto do Brasil desconhece. A diversidade encontrada é uma marca forte da região e “ainda teremos orgulho de ser um país amazônico”, diz Regina Casé. As regiões sul e sudeste são mais americanizadas, seguem um padrão que faz pensar o ritmo do Calypso ser ’brega’. Já que Chimbinha não possui uma identidade e é uma ‘mistura perdida’ em meio a tanta informação. Já em outra parte do documentário, é mostrado os moradores locais, que fazem da sua casa sua moradia, espaço de trabalho e lazer, tudo junto e misturado. Ao mesmo tempo em que é a casa dos pais, também é a casa da filha, é o estúdio de TV, um ponto de venda, há produção de cd, é marcenaria, fábrica de vinil, museu de vinil, academia e cinema. A indústria amazônica ainda tem muito o que crescer, há um estudo precário em casa, rádio no mercado e som no poste, coisas que são antiquadas e pouco vistas frente às tecnologias de hoje. É uma região, de certa forma, um pouco fechada e com pouco recurso que demonstra quão batalhador o povo tem que ser para ter algo na vida, igual o homem que possui de tudo um pouco em casa, como foi descrito acima.
sites
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252005000200005&script=sci_arttext
http://redeglobo.globo.com/Centraldaperiferia/0,30514,5625-p-225395,00.html
http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Norte_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_Calypso

[ps-2sem2009] alexandre [árvore]

O jerivá é uma árvore brasileira das mais altas. Sua relação com o meio da cidade de São Paulo pôde nos narrar uma história, desde quando os alemães do Clube Germânia, nadavam nas águas do Rio Pinheiros.A história da árvore se torna a história de um lugar. São verdadeiras Testemunhas de lugares e épocas. Suas raízes exemplificam as ramificações históricas, podem passar por contagem de anos através de seus anéis de crescimento. Relaciona-se com o meio ambiente de maneira geral, as vidas das pessoas, do lugar, da cidade, da época. ‘Syagrus romanzoffiana’. Este é seu nome científico.
Assim como o Jerivá do programa ‘um-pé-de-quê’, outras árvores participam da história da mesma maneira. Aqui mesmo, no Instituto Metodista Izabela Hendrix, havia uma árvore próxima de onde hoje funciona o Atelier Integrado do Curso de Arquitetura. Esta caiu de tão velha, talvez fosse mais antiga que a própria Instituição que tem 104 anos. Pode ser que tenha sido plantada por Aarão Reis e sua trupe, pode ser que não. Mas árvores também nos contam sobre o imaginário humano, sobre nossa natureza enfim. Antes que ela fosse decepada para dar lugar curiosamente à outra planta inserida em seu tronco, e quando ainda também, havia uma lanchonete no meio do pátio onde hoje é o jardim, um funcionário narrou a seguinte estória:
- Quando a danada da imensa árvore ainda dava sombra, várias marcas inscritas na sua casca davam o registro de tudo quanto é coisa que se imagina quando se diz sobre alunos desta escola.
- Certa feita, uma pequena, mas truculenta menina estava com seus colegas desfrutando do prazer de sua sombra e escrevendo na casca como de costume dos alunos.
A conversa tomava ares de papo de gente grande:
- Quando crescer, eu vou dar um jeito nesse país. Não vou ficar sendo menina serviçal não. Igual a Rita, que a mãe dela fica ensinando etiqueta pra receber os convidados do marido! Nem pensar.
- Vou fazer as coisas do meu jeito. Nem que pra isso eu tenha que implantar nesse país uma ditadura. É assim que eu gosto. Logo depois, ela escreveu seu nome na árvore com data e tudo, segundo o narrador.
- O nome dela, há sim, era uma tal de Dirma, Dirma Rousss.. não sei o quê. Acho que Rossef. É isso mesmo, esse povo das Arábia. Era tempo em que o JK dava ares na prefeitura, fazendo novas avenidas, calçando, alargando ruas e inaugurando a Pampulha com o famoso Niemeyer. Havia até um bonito boulevard na Av. Afondo Pena. Árvore pra todo lado. Pra quem vinha da periferia quase toda sem calçamento e via aquilo, se espantava, ficava surpreso com tanta beleza!
- Dizem que arquitetura é isso né, tem que causar espanto no outros.
- O ‘ômi’ tamém abriu uma larga e comprida avenida chamou de Amazonas. Ela ia lá pros cafundó das ‘contage das abóbra’. Diz que era pra ligar o centro da capital às ‘indústria’ que ia pra lá. ‘Éas ia pra lá porque lá, o vento ia soprá a fumaçada pra bem longe! O próprio Juscelino também plantou palmeiras imperiais ao longo de grande trecho da Av. Antônio Carlos. Elas rivalizam com os Jerivás, são muito parecidas. Tal político, que chegou à Presidente do país, abriu uma avenida daquele tamanho naquela época porque dizem que ele era um visionário. Será que não tinha especulação imobiliária no meio disso? Crê-se que sim.
Mas, voltando à Árvore Izabelina, ou melhor, ao que restou dela, outra nova planta surgirá e talvez ela nos conte um dia que tal Fulano passou por aqui e realmente fez diferença. Aos pouquinhos é claro, por que quem tenta dar um jeito no país de uma vez só é ditador. E quem não dá jeito nenhum é ladrão. Talvez o tronco dessa nova árvore fique tão grande que dê pra enfiar dinheiro dentro e escondê-lo, apesar do aquecimento global. Hoje é assim, enfia-se dinheiro em tudo quanto é lugar, principalmente o dinheiro oriundo de trapalhadas políticas. Propinas. Parece nome de árvore. ‘Propina brasiliensis arrudae.

[doc+...] my way

O documentário sobre Edifício Máster escrito por Eduardo Coutinho narra historias que supostamente aconteceram na vida dos moradores do edifício, não podemos ter certeza se de fato essas historias aconteceram pois as pessoas que ali estão exposta as câmeras, (isso é percebido na parte em que nos foi apresentado o filme), estão maquiadas e arrumadas, isso mostra que elas não foram pegas de surpresa, que poderia ter ensaiado para estarem ali. O texto é dividido de acordo com cada tipo de apartamento, descrito como um classificado de jornal, o interessante que dentro destes classificados ele consegue passar a idéia de que espaços sendo o mesmo (qto, sl,coz,bh), as pessoas são sempre diferentes e por isso o espaço muda, pois cada pessoa cria uma maneira de viver, de se adaptar ao local ( my way), isso é fato, analisando as historias de vida podemos perceber casos ricos em experiência de vidas boas e ruins como o caso de Daniela conhecida como a louca do ed máster. Ela criou táticas para viver em um local onde é obrigada a conviver com pessoas estranhas por necessidade, sendo nas ruas ou no elevador do condomínio, ela chega a desenvolver habilidades matemáticas para saber quantas pessoas sairão do prédio só para não ter contato com elas, pois possui problema com aglomeração de pessoas, não consegue identificar se é porque tem gente demais ou calçadas estreitas de menos nas ruas, não gosta de ver e nem ser vista, sente vontade de escrever como Válvula de escape, essa é a maneira que ela encontrou para superar suas angustias e medos de viver.
A palavra chave my way é referente ao morador Henrique um garçom aposentado nos EUA que teve o prazer de cantar trecho de uma musica com Sinatra, hoje é um senhor que não consegue desprender de seu passado, canta a musica My Way 2 sábados por mês na janela de seu ap, ele se identificou com essa musica pois considera que a letra é a vida dele, porque fez tudo o que deveria ter feito, viajou muito, mais fez da maneira dele, certo ou errado, foi para os EUA contra a vontade de seu pai, venceu da maneira dele, ele compara sua vida com a letra da musica, acha que a letra narra a historia de sua vida. Notamos que cada morador possui sua maneira de adaptar-se ao local, aos seus medos, angustias, sofrimento e sonhos, cada um inventa uma maneira para se sentir confortável perante as situações do dia-dia. É uma questão de sobrevivência no meio do caus da rotina de suas vidas.
sites
http://www.youtube.com/watch?v=i72hMX4t7JQ
http://www.rabisco.com.br/ Sobre ed Máster
http://www.youtube.com/watch?v=Gux6xoujLfg
http://o-mundo-perfeito-ika.blogspot.com/
http://www.youtube.com/watch?v=f3ixpEjj2D0
http://www.youtube.com/watch?v=XDoRkXpb3co&feature=related http://www.inpaonline.com.br/
http://letras.terra.com.br/ My Way http://agorafobia.no.sapo.pt/

[doc+barbara braga] classificados

Na aula do dia 1º de dezembro de 2009, foi lido e debatido o texto APTO[s], 01 qto, sl,coz,bnh, s/gar. Revisitando o edifício máster: devires e alegrias num campo controlado.
Que trata da realidade de um edifício tradicional da capital fluminense, localizado nas proximidades da orla de Copacabana. O texto aborta a relação que se estabelece entre os moradores, entre os moradores e o sindico, entre o sindico e os funcionários, entre os moradores e seus visitantes, entre o sindico e os visitantes alheios, etc... O Edifico possui 299 unidades residenciais, distribuídas em 13 pavimentos. Logo 23 unidades por pavimento, ou seja, trata-se de uma cidade vertical; composta pelos mais diversos tipos de moradores, que tem obrigatoriamente que estabelecer uma relação entre si; Tem que estabelecer regras; tem que estabelecer critérios de poder. No filme documentário “Edifício Máster” de Eduardo Coutinho, são narradas diversas historias dos moradores do antigo prédio. E é nítida a transformação sofrida por este edifício ao longo das décadas. O prédio que já foi lugar quase que exclusivo de prostitutas e traficantes de drogas é hoje simplesmente um edifício super populoso de classe media baixa, localizado na região central do Rio de Janeiro. Correlacionando texto e filme, vemos que tais mudanças foram planejadas por determinada, ou determinadas pessoas, e que foi traçada uma meta, que para alcançá-la seria preciso trabalho, empenho e rigidez. Quando pensamos em mudar o comportamento estabelecido, e provavelmente enraizado, em determinado local, sabemos que para que isso aconteça faz-se necessária uma forma de “governo” onde cada um tem um papel na organização, e no organograma de poder ali estabelecido. Mas oque garante o poder deste ou d’aquele individuo? Cada caso é único, as relações de poder são estabelecidas pelos mais diversos motivos.
Com toda a parcialidade existente em cada ser humano que compõe o grupo em questão. Vemos no texto que o fator determinante para que os moradores mantenham-se dentro das regras, ou seja, oque dá poder ao sindico, é um simples objeto, uma câmera [ou varias, em locais estratégicos]. Não tão simples assim, pois oque realmente garante o poder e a capacidade de armazenar, rebobinar e rever quantas vezes queira, o “filme” ali gravado. O sindico não tem somente o poder de ver, de acompanhar a vida alheia, ele tem o poder de analisar a vida alheia. E isso faz toda a diferença. Ele não simplesmente vê, ele olha com sua parcialidade, da à cena a classificação que lhe convenha, junta com a outra imagem que aparece em outra câmera posicionada mais adiante, e faz-se ali uma estória, um julgamento próprio de cenas interrompidas. O morador por sua vez, acuado, em campo controlado: teme; Teme o poder de vigília constante e analise subjetiva. O texto aborda muito bem, os modos de vida na cidade contemporânea (pode-se até mesmo considerar que somente o próprio edifício é a cidade contemporânea, mas ainda assim este edifício está inserido em um contexto de uma grande cidade, aonde cada indivíduo ‘ vai e vem’ diariamente). Somos nós, cidadãos do século XXI, escravos de uma tecnologia controladora que impõe que determinado tipo de comportamento é aceito em cada local especifico? Se tememos esta vigília, é porque existe o outro lado, o lado que o mesmo “cidadão do século XXI” sente prazer em saber, analisar e julgar a vida e o comportamento alheio [talvez isto explique a era dos realities shows]. E é esta sociedade que se propõe a viver a ilusão estampada em outdoors e capas de revistas, que se permite classificar ilusão como objetivo de vida, e realidade como ilusão.
Sites
1- www.emive.com.br O site pertence a uma grande empresa que se propõe a garantir a segurança da sua casa e a tranqüilidade da sua família. Porem vemos que o “esquema” de segurança oferecido é uma verdadeira invasão a privacidade de qualquer que seja o usuário, suas imagens são transmitidas em tempo real, via internet; e ficam gravadas
2- www.netimoveis.com.br O site é como uma “cooperativa” de corretoras de imóveis de Belo Horizonte e região. Oferece que se faça a seleção de imóveis por faixa de preço, por metragem, por localização... Uma forma de selecionar os classificados de seu interesse, mas é notável e obvio que as fotos são parciais, deixando a mostra o que é de interesse de quem as tirou.
3- www.prosind.com.br O site oferece o serviço de síndicos profissionais, já escolados nos prováveis impasses e discórdias entre vizinhos. Alem de estabelecer-se dentro do edifício uma nova figura de poder, pois não se trata de um morador como os tantos outros, e sim de uma pessoa ou empresa que é paga para estabelecer regras e faze-las cumprir.
4- www.bbb.globo.com O site dispõe de [algo em torno de] 20 vagas anuais, que são disputadas como uma guerra, por “soldados” que têm a fantasia [vaidosa] de expor sua vida.
5- www.classificados.com.br O site permite [gratuitamente] que qualquer pessoa, ofereça algo [produtos, serviços...] e que ele próprio classifique o seu produto como bem entender através de sua parcial descrição.

[doc+guilherme] fotografias verdes

Férias, lazer, fuga do trabalho e da rotina, estes são termos comuns e valorizados na vida das pessoas atualmente. Muitos encontram esse refúgio dentro da própria cidade, por outro lado, de acordo com o texto “A Mercadoria Verde: A Natureza” de Paola Verri de Santana, há pessoas que procurem o campo em busca de tranqüilidade e de uma “paisagem natural intocada”. Isso ocorre porque o crescente processo de urbanização e industrialização, deu origem a uma crise ambiental, sustentada pela escassez dos recursos naturais anteriormente abundantes. Com isso, surgiu uma valorização do contraste com a vida cotidiana, numa espécie de fuga do repetitivo ao encontro de uma natureza com as características naturais preservadas, o oposto do meio onde o turista vive. O ecoturismo mostra a natureza como uma raridade, um bem precioso que deve ser preservado, e com isso, ela ganha valor de troca, sendo inserida no circuito econômico e transformada em mercadoria com o objetivo de gerar capital. Tal ação é impulsionada por dois interessados, os adeptos ao discurso ecológico e ambientalista, que defendem a preservação da natureza, e ao discurso empresarial verde, que visa o lucro e se interessam em elevar ao máximo o numero de turistas, o que leva a uma degradação da qualidade ecológica tanto almejada. Tal ato capitalista reforça as desigualdades sociais, pois quando um bem natural que deveria ser de uso comum a todos deixa de ser livre para se tornar privado, essas disparidades são reforçadas, e a natureza que passa a ser privada, entra no circuito de mercadoria. Quando estes recursos naturais eram abundantes, nada disso se fazia necessário, mas nos dias atuais, é provável que produzam um espaço para a simples percepção do ecoturista. As pessoas que saem das cidades em busca da natureza intacta, vão para esses lugares, mas não vivenciam de fato seus recursos e o modo de apropriação intrínseco e completamente distante do seu modo de viver, o que acontece é uma transferência do modo de vida do meio urbano para o rural. Os ecoturistas não experimentam com veracidade o modo de vida do campo, e os registros, as fotografias verdes que levam de suas viagens são apenas imagens, cenários, apenas um registro do lugar onde estiveram para ser lembrado mais tarde, enquanto a vivência, a experiência, o real valor de estar ali, são colocados em segundo plano. Nos safáris fotográficos, por exemplo, que consistem em uma dissimulação de uma caça, o turista aprende a encontrar o alvo, e simplesmente dispara sua máquina, e leva para casa uma lembrança, ele se apropria do animal através da propriedade de uma fotografia. “A experiência no real mostra uma ausência, que é encoberta com imagens reproduzidas permitindo a suposição de uma presença”.
Sites
www.ambientebrasil.com.br
www.ecoturismo.org.br
www.ciaecoturismo.com.br
www.tvecoturimo.com.br
www.venturas.com.br
www.inteligenciaecologica.blogspot.com
www.buracodasararasecoturismo.blogspot.com
www.bonitopantanal.blogspot.com
www.blogpantanalfazendasanfrancisco.blogspot.com
www.wwf.org.br

[doc+guilherme] fotografias verdes

Férias, lazer, fuga do trabalho e da rotina, estes são termos comuns e valorizados na vida das pessoas atualmente. Muitos encontram esse refúgio dentro da própria cidade, por outro lado, de acordo com o texto “A Mercadoria Verde: A Natureza” de Paola Verri de Santana, há pessoas que procurem o campo em busca de tranqüilidade e de uma “paisagem natural intocada”. Isso ocorre porque o crescente processo de urbanização e industrialização, deu origem a uma crise ambiental, sustentada pela escassez dos recursos naturais anteriormente abundantes. Com isso, surgiu uma valorização do contraste com a vida cotidiana, numa espécie de fuga do repetitivo ao encontro de uma natureza com as características naturais preservadas, o oposto do meio onde o turista vive. O ecoturismo mostra a natureza como uma raridade, um bem precioso que deve ser preservado, e com isso, ela ganha valor de troca, sendo inserida no circuito econômico e transformada em mercadoria com o objetivo de gerar capital. Tal ação é impulsionada por dois interessados, os adeptos ao discurso ecológico e ambientalista, que defendem a preservação da natureza, e ao discurso empresarial verde, que visa o lucro e se interessam em elevar ao máximo o numero de turistas, o que leva a uma degradação da qualidade ecológica tanto almejada. Tal ato capitalista reforça as desigualdades sociais, pois quando um bem natural que deveria ser de uso comum a todos deixa de ser livre para se tornar privado, essas disparidades são reforçadas, e a natureza que passa a ser privada, entra no circuito de mercadoria. Quando estes recursos naturais eram abundantes, nada disso se fazia necessário, mas nos dias atuais, é provável que produzam um espaço para a simples percepção do ecoturista. As pessoas que saem das cidades em busca da natureza intacta, vão para esses lugares, mas não vivenciam de fato seus recursos e o modo de apropriação intrínseco e completamente distante do seu modo de viver, o que acontece é uma transferência do modo de vida do meio urbano para o rural. Os ecoturistas não experimentam com veracidade o modo de vida do campo, e os registros, as fotografias verdes que levam de suas viagens são apenas imagens, cenários, apenas um registro do lugar onde estiveram para ser lembrado mais tarde, enquanto a vivência, a experiência, o real valor de estar ali, são colocados em segundo plano. Nos safáris fotográficos, por exemplo, que consistem em uma dissimulação de uma caça, o turista aprende a encontrar o alvo, e simplesmente dispara sua máquina, e leva para casa uma lembrança, ele se apropria do animal através da propriedade de uma fotografia. “A experiência no real mostra uma ausência, que é encoberta com imagens reproduzidas permitindo a suposição de uma presença”.
Sites
www.ambientebrasil.com.br
www.ecoturismo.org.br
www.ciaecoturismo.com.br
www.tvecoturimo.com.br
www.venturas.com.br
www.inteligenciaecologica.blogspot.com
www.buracodasararasecoturismo.blogspot.com
www.bonitopantanal.blogspot.com
www.blogpantanalfazendasanfrancisco.blogspot.com
www.wwf.org.br

[doc+...] funcionalidade

Maison à Bordeaux, koolhas
"A casa é uma máquina para viver”
Antes de atentarmos nossos olhares para uma habitação e observarmos suas formas , cores , espaços e significados, devemos nos ater a sua real função, ou seja, o modo como ela se insere no coditiano de quem nela habita , melhor dizendo, de quem nela trabalha, de quem a faz funcionar de verdade. Mas fazer funcionar é algo que nos faz pensar. Tratando–se de uma casa , que nos remete à ideia de lar , moradia. Como outrora dito por Le corbusie “a casa é maquina de morar.” Mas se tratando de Maison à Bordeaux , de Koollhas , a “casa é maquina de viver .”
Pois agora o dever da casa não é somente atender as necessidades básicas , como proteger , descansar, alimentar e higienizar, pois a casa tem que atender à sua razao primordial, que é o viver dentro dela. E cada pessoa vive de modo diferente, cada um tem suas necessidades especiais e isso independe do espaço fisíco. Mas, em se tratando de Maison à Bordeaux , de Koolhas, o proprio dono da casa já se tratava de pessoa com necessidades especiais; pensando nisso, o arquiteto idealizou e projetou uma habitação onde o foco primordial seriam os acessos internos para o propriotario, facilitando e ligando ambientes através de uma passarela (elevador), que ligaria a biblioteca particular do proprietário aos outros pavimentos da casa, isto é, a passarela (elevador) é o coração da edificação , pois é o que a faz funcionar pra quem nela vive. É o que faz a casa ser “uma maquina para viver”.
Sob o olhar de Guadalupe
Por outro lado existe a manutenção, o que deixa a edificação em estado habitável, admiravel, e, até mesmo, funcional. Funcional? Pra quem? Para quem a projetou ? Para quem nela vive? Para turistas? Ou para quem a limpa e conhece cada um de seus aspectos “positivos”?
Para cada um citado acima, a casa é funcional de um jeito, pois, para cada um, a função da edificação é uma. Ninguem a vê com os mesmos olhos; contudo, irei me ater ao olhar de quem a limpa, ou seja, a catalã Guadalupe , pois é ela que com seus quadris largos e todo o seu excesso de peso fazem as formas de koolhas funcionar. Ou pelo menos tenta . Segundo Guadalupe a casa funciona mas precisa de “retoques’, pois tudo é muito cinza, além de existirem aspectos bastante relevantes, como, por exemplo, a escada em caracol onde, todos os dias, Guadalupe desce com o aspirador de pó . Tal escada não foi feita pra descer esse maquinário, porém a real necessidade fez com que fosse utilizada pra tal fim.
A necessidade faz a utilidade, isto é algo que fica bastante explicito no dia a dia da Catalã Guadalupe, ao limpar o “objeto de arte” , que denominamos casa. Para ela a cozinha não se parece com uma cozinha (com a sua cozinha) mas funciona , os quartos são grandes, porém as aberturas nao privilegiam as melhores visadas do entorno. Entao, Guadalupe se pergunta: - “Pra que ter essas janelas ?? Ainda mais desse jeito...”
Não importa, pois, para a patroa, deve haver uma razão pra tudo isso, assim pensa a funcionária .Mas, se tratando de Guadalupe, ela consegue se adequar à casa e a limpa apesar das limitaçoes que a arte de se morar daquele lugar impõe .
Vejo Guadalupe como um camaleao de se adequa em cada ambiente da casa, em cada situação, tapando cada buraco, limpando cada estrago .... Se contorcendo e rebolando em cada espaço pra passar com seus rodos, vassouras e aparelhos .Tudo isso para fazer o seu oficio direito e trazer um pouco de “identidade” a algo já conta com tanta identidade , porém com pouca funcionalidade. Pois o que faz uma casa funcionar é como a mantémos . E o que a faz uma casa ser algo vivo é como nos adequamos à sua funcionalidade ou à falta dela, quero dizer, é como limpamos o cantinho debaixo da escada.

[ps-2sem2009] uelinton [discurso modular]























[panf-reciclagem] caroline horta




quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

[ps-2sem2009] claudia [panorama itinerário]














[ps-2sem2009] emanuele [comunicação]

Referências bibliográficas
Programa: Central da Periferia – Belém do Pará
BECKER, B. Mudanças estruturais e urbanização
CANUTO, Frederico. APTO[s], Revisitando o Edifício Master: Devires e Alegrias num Campo Controlado

Este vídeo tem como objetivo correlacionar os textos ministrados em aula com o cotidiano da cidade, levando a percepção das reais imagens urbanas, muitas vezes mascaradas pela mídia e pelos meios de comunicação. Apresentar Belo horizonte pelas lentes da mídia é retratar aquilo que temos como referência, mas que na realidade é subjetivo, imaginário ou até inexistente aos olhos de um andarilho.

[ps-2sem2009] gabriela [anagrama espacial]

Referência Bibliográfica
BRANDAO, Luiz Alberto. Mapa Volátil: Imaginário espacial em Paul Auster
anagrama espacial

[ps-2sem2009] anna lemos [paisagens de consumo]

Referência Bibliográfica
SANTANA, Paolo. A Mercadoria Verde: A Natureza




[ps-2sem2009] josilara [comunidades]

Referência Bibliográfica
CANUTO, Frederico. Notas Sobre Ecologias Espaciais

notas sobre a produção de teorias urbanas quaisquer

sobre fazer teoria .Como se conhece .O que é especular ou hipóteses .Como racionalizar .Sobre teoria e prática ou a importância da consideração do fenômeno teórico como histórico presentificável .Quem formula uma teoria sobre o Urbano .Potências [in]disciplinares .Virtualidade e Transdução .Dialética e Gradações: necessidades da realidade .vida cotidiana .Urbanismo .Sobre valores .Festa .[bio]Potência [...]quaisquer?

sobre [panf]letagens [2sem2009]

usar a palavra-chave dada a partir dos seguintes textos como ponto de partida para produção de um construto
01. Kitchen Stories [direção: Bent Hammer] + ABALOS, I. O que é Paisagem = paisagens íntimas
02. KOOLHAAS, R. Cidade Genérica + KOOLHAAS, Rem. Vida na Metrópole ou a Cultura da Congestão = fantasias genéricas / congestão genérica
03. TSCHUMI, B. O Prazer da Arquitetura IN: NESBIT, K. Uma Nova Agenda para a Arquitetura = funcional / inutilidade
04. VIDLER, A. Teoria do Estranhamento Familiar IN: NESBIT, K. Uma Nova Agenda para a Arquitetura = roberto / dessimbolização
05. MAAS, W. FARMAX = leveza
06. NEGRI, A, HARDT, M. Multidão = maria de fátima
07. FLUSSER, V. Design: Obstáculo para a remoção de Obstáculos IN: _______. O Mundo Codificado = reciclagem / sofá
08. GANZ, Louise. Lotes Vagos na Cidade: Proposições para Uso Livre IN: ____ SILVA, B. Lotes Vagos = beleza
09. CRIMP, Douglas. Isto não é um Museu IN: _________. Sobre as Ruínas do Museu = coleção de museu / admiração imparcial
10. WEIZMAN, Eyal. Desruição Inteligente IN: v.v.a.a. 27a Bienal de Arte de São Paulo. Como Viver Junto = infestação / desparedamento
11. Koolhaas Houselife = funcionalidade
12. CORTEZAO, Simone. Paisagens Engarrafadas = paisagismo marcado
13. BRANDAO, Luis Alberto. Mapa Volátil. Imaginário Espacial: Paul Auster IN: _______. Grafias de Identidade. Literatura Contemporânea e Imaginário Nacional = andarilho
14. CANUTO, Frederico. Notas Sobre Ecologias Espaciais = ecossistemas
15. SANTANA, P. A Mercadoria Verde: A natureza = fotografias verdes
16. Central da Periferia = calypso amazônico / brega
17. BECKER, B. Amazônia: mudanças Estruturais e Urbanização IN: GONCALVES, M.F. et al. Regiões e Cidades. Cidades nas Regiões = fotografias verdes
19. Edifício Master. Direção: Eduardo Coutinho + CANUTO, Frederico. Apto[s], 01qrt, 1sl, 1coz, s/vg. =
20. WISNIK, Guilherme. Estado Crítico =

[d] - 1sem2009 = [doc]01 - 1osem2007 = [doc]

Documentário: Documentar os conteúdos ministrados durante a aula do dia, sendo obrigatório entregar no dia posterior, um arquivo digital contendo:
-fotografias/imagens do que foi escrito nas carteiras ou no quadro negro, bem como as discussões em sala de aula;
-outras imagens podem ser colocadas, porém devem ser relacionadas ao conteúdo da aula;
-um texto como o resumo da aula, podendo ou não conter colocações do aluno-autor;
-biografia dos autores citados em sala de aula [pesquisar no curriculo lattes, wikipedia e outros sites]. Na biografia dos autores citados deve, necessariamente, conter os trabalhos mais relevantes, bem como vínculo a escolas de pensamento;
-indicações de sites relacionados aos assuntos trabalhados em sala [mínimo de 05 links];
-notícias relacionadas ao assunto discutido em sala [mínimo de 05 notícias];

[a]02 - 1osem2007

Apresentações Grupo A: Apresentação para a sala de aula dos seguintes temas:[SURREALISMO]+[DADAISMO]+[FLUXUS], segundo os seguintes critérios mínimos: -exposição do pensamento do grupo e diversas correntes internas, através de seus conceitos; -exposição das diversas modalidades: pintura, escultura, arquitetura...; -período e países onde atou; -principais nomes e respectivos trabalhos; -articulação obra-conceitos-ambiente urbano. Grupo B: Apresentação para a sala dos seguintes temas: [KOOLHAAS01 – Delirous New York+SMLXL]+ [KOOLHAAS02 – Mutations+Project on the City 01+02]+ [KOOLHAAS03 – Content +Reconsidering OMA], segundo os seguintes critérios mínimos: -conceitos; -eviolução de pensamento; -textos e questões trabalhadas; -cronologia dos trabalhos; -articulação obra-conceitos-ambiente urbano.

[ps]03 - 1osem2007 = [ps]

Paisagens Superabundantes: Texto a ser entregue contendo imagens e textos, a partir dos conceitos operativos definidos diariamente na disciplina Teoria Urbana.