Can Dialectics Break Bricks?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

[doc+guilherme] fotografias verdes

Férias, lazer, fuga do trabalho e da rotina, estes são termos comuns e valorizados na vida das pessoas atualmente. Muitos encontram esse refúgio dentro da própria cidade, por outro lado, de acordo com o texto “A Mercadoria Verde: A Natureza” de Paola Verri de Santana, há pessoas que procurem o campo em busca de tranqüilidade e de uma “paisagem natural intocada”. Isso ocorre porque o crescente processo de urbanização e industrialização, deu origem a uma crise ambiental, sustentada pela escassez dos recursos naturais anteriormente abundantes. Com isso, surgiu uma valorização do contraste com a vida cotidiana, numa espécie de fuga do repetitivo ao encontro de uma natureza com as características naturais preservadas, o oposto do meio onde o turista vive. O ecoturismo mostra a natureza como uma raridade, um bem precioso que deve ser preservado, e com isso, ela ganha valor de troca, sendo inserida no circuito econômico e transformada em mercadoria com o objetivo de gerar capital. Tal ação é impulsionada por dois interessados, os adeptos ao discurso ecológico e ambientalista, que defendem a preservação da natureza, e ao discurso empresarial verde, que visa o lucro e se interessam em elevar ao máximo o numero de turistas, o que leva a uma degradação da qualidade ecológica tanto almejada. Tal ato capitalista reforça as desigualdades sociais, pois quando um bem natural que deveria ser de uso comum a todos deixa de ser livre para se tornar privado, essas disparidades são reforçadas, e a natureza que passa a ser privada, entra no circuito de mercadoria. Quando estes recursos naturais eram abundantes, nada disso se fazia necessário, mas nos dias atuais, é provável que produzam um espaço para a simples percepção do ecoturista. As pessoas que saem das cidades em busca da natureza intacta, vão para esses lugares, mas não vivenciam de fato seus recursos e o modo de apropriação intrínseco e completamente distante do seu modo de viver, o que acontece é uma transferência do modo de vida do meio urbano para o rural. Os ecoturistas não experimentam com veracidade o modo de vida do campo, e os registros, as fotografias verdes que levam de suas viagens são apenas imagens, cenários, apenas um registro do lugar onde estiveram para ser lembrado mais tarde, enquanto a vivência, a experiência, o real valor de estar ali, são colocados em segundo plano. Nos safáris fotográficos, por exemplo, que consistem em uma dissimulação de uma caça, o turista aprende a encontrar o alvo, e simplesmente dispara sua máquina, e leva para casa uma lembrança, ele se apropria do animal através da propriedade de uma fotografia. “A experiência no real mostra uma ausência, que é encoberta com imagens reproduzidas permitindo a suposição de uma presença”.
Sites
www.ambientebrasil.com.br
www.ecoturismo.org.br
www.ciaecoturismo.com.br
www.tvecoturimo.com.br
www.venturas.com.br
www.inteligenciaecologica.blogspot.com
www.buracodasararasecoturismo.blogspot.com
www.bonitopantanal.blogspot.com
www.blogpantanalfazendasanfrancisco.blogspot.com
www.wwf.org.br

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notas sobre a produção de teorias urbanas quaisquer

sobre fazer teoria .Como se conhece .O que é especular ou hipóteses .Como racionalizar .Sobre teoria e prática ou a importância da consideração do fenômeno teórico como histórico presentificável .Quem formula uma teoria sobre o Urbano .Potências [in]disciplinares .Virtualidade e Transdução .Dialética e Gradações: necessidades da realidade .vida cotidiana .Urbanismo .Sobre valores .Festa .[bio]Potência [...]quaisquer?

sobre [panf]letagens [2sem2009]

usar a palavra-chave dada a partir dos seguintes textos como ponto de partida para produção de um construto
01. Kitchen Stories [direção: Bent Hammer] + ABALOS, I. O que é Paisagem = paisagens íntimas
02. KOOLHAAS, R. Cidade Genérica + KOOLHAAS, Rem. Vida na Metrópole ou a Cultura da Congestão = fantasias genéricas / congestão genérica
03. TSCHUMI, B. O Prazer da Arquitetura IN: NESBIT, K. Uma Nova Agenda para a Arquitetura = funcional / inutilidade
04. VIDLER, A. Teoria do Estranhamento Familiar IN: NESBIT, K. Uma Nova Agenda para a Arquitetura = roberto / dessimbolização
05. MAAS, W. FARMAX = leveza
06. NEGRI, A, HARDT, M. Multidão = maria de fátima
07. FLUSSER, V. Design: Obstáculo para a remoção de Obstáculos IN: _______. O Mundo Codificado = reciclagem / sofá
08. GANZ, Louise. Lotes Vagos na Cidade: Proposições para Uso Livre IN: ____ SILVA, B. Lotes Vagos = beleza
09. CRIMP, Douglas. Isto não é um Museu IN: _________. Sobre as Ruínas do Museu = coleção de museu / admiração imparcial
10. WEIZMAN, Eyal. Desruição Inteligente IN: v.v.a.a. 27a Bienal de Arte de São Paulo. Como Viver Junto = infestação / desparedamento
11. Koolhaas Houselife = funcionalidade
12. CORTEZAO, Simone. Paisagens Engarrafadas = paisagismo marcado
13. BRANDAO, Luis Alberto. Mapa Volátil. Imaginário Espacial: Paul Auster IN: _______. Grafias de Identidade. Literatura Contemporânea e Imaginário Nacional = andarilho
14. CANUTO, Frederico. Notas Sobre Ecologias Espaciais = ecossistemas
15. SANTANA, P. A Mercadoria Verde: A natureza = fotografias verdes
16. Central da Periferia = calypso amazônico / brega
17. BECKER, B. Amazônia: mudanças Estruturais e Urbanização IN: GONCALVES, M.F. et al. Regiões e Cidades. Cidades nas Regiões = fotografias verdes
19. Edifício Master. Direção: Eduardo Coutinho + CANUTO, Frederico. Apto[s], 01qrt, 1sl, 1coz, s/vg. =
20. WISNIK, Guilherme. Estado Crítico =

[d] - 1sem2009 = [doc]01 - 1osem2007 = [doc]

Documentário: Documentar os conteúdos ministrados durante a aula do dia, sendo obrigatório entregar no dia posterior, um arquivo digital contendo:
-fotografias/imagens do que foi escrito nas carteiras ou no quadro negro, bem como as discussões em sala de aula;
-outras imagens podem ser colocadas, porém devem ser relacionadas ao conteúdo da aula;
-um texto como o resumo da aula, podendo ou não conter colocações do aluno-autor;
-biografia dos autores citados em sala de aula [pesquisar no curriculo lattes, wikipedia e outros sites]. Na biografia dos autores citados deve, necessariamente, conter os trabalhos mais relevantes, bem como vínculo a escolas de pensamento;
-indicações de sites relacionados aos assuntos trabalhados em sala [mínimo de 05 links];
-notícias relacionadas ao assunto discutido em sala [mínimo de 05 notícias];

[a]02 - 1osem2007

Apresentações Grupo A: Apresentação para a sala de aula dos seguintes temas:[SURREALISMO]+[DADAISMO]+[FLUXUS], segundo os seguintes critérios mínimos: -exposição do pensamento do grupo e diversas correntes internas, através de seus conceitos; -exposição das diversas modalidades: pintura, escultura, arquitetura...; -período e países onde atou; -principais nomes e respectivos trabalhos; -articulação obra-conceitos-ambiente urbano. Grupo B: Apresentação para a sala dos seguintes temas: [KOOLHAAS01 – Delirous New York+SMLXL]+ [KOOLHAAS02 – Mutations+Project on the City 01+02]+ [KOOLHAAS03 – Content +Reconsidering OMA], segundo os seguintes critérios mínimos: -conceitos; -eviolução de pensamento; -textos e questões trabalhadas; -cronologia dos trabalhos; -articulação obra-conceitos-ambiente urbano.

[ps]03 - 1osem2007 = [ps]

Paisagens Superabundantes: Texto a ser entregue contendo imagens e textos, a partir dos conceitos operativos definidos diariamente na disciplina Teoria Urbana.